Tem toda a lógica a
decisão tomada por Jorge Sampaio.
Tendo em conta a destabilização económica e social que podia surgir com eleições antecipadas; tendo em conta que estamos finalmente em
crescimento económico; tendo em conta que nenhum partido estaria plenamente preparado para elas, uma vez que se preparam as autárquicas; tendo em conta que a própria oposição se mostrou e mostra fraca e em nada tem contribuído para a construção e erguer do espírito optimista e da recuperação económica; tendo em conta que inclusive no PS os únicos que sugeriram eleições antecipadas foram Manuel Alegre e João Cravinho; tendo em conta tudo isto, parece-me que o caso Henrique Chaves é um mal menor...
Seguramente será preferível remodelar a pasta do Desporto, arranjando alguém credível e competente que venha agora substituir Henrique Chaves, do que gerar o epicentro de um cataclismo nacional.
Eu continuo a dizer que o mal que foi feito, foi conservarem Gomes da Silva e ninguém ter dito nada...de resto, propostas de eleições antecipadas, crises políticas, "fazer qualquer coisa", não só é desespero como prejudicaria todos!
O cobarde Sampaio, esperou pela organização interna do PS e PCP, nos respectivos congressos, para invocar uma razão (ainda por explicar) para dissolver o parlamento.
Numa recente sondagem divulgada pela RTP, 43% dos inquiridos afirmaram que não havia partido que fizesse melhor do que este governo, e 33% diziam que sim.
Porém, o cobarde Sampaio acha que os seus camaradas já estão em posição de ir a eleições e acha também que o povo português já se esqueceu do martírio e massacre político a que o executivo guterrista submeteu os portugueses.
Assim seja! Vamos ver como vai ficar Portugal com as políticas socialistas sem fundamento económico e sem inteligência objectiva (óbvia no contexto individual de cada camarada), que ficaram demonstradas recentemente no último governo de esquerda.
Quem quer que venha, espero que seja minimamente competente (o que não encontro na oposição).
Tenho em mente determinadas pessoas que criticaram e se manifestaram contra este governo, e que agora seguem o “princípio do contraditório” e se julgam inocentes e que tudo fizeram para o sucesso da política activa governamental.