Se o orçamento para 2005 era assim tão mau e prejudicial para o país, como pode vir agora a oposição dizer que o documento, que visa informar os cidadãos portugueses acerca de tal plano, está a ser utilizado como veículo de propaganda? O que é nocivo não é suposto servir de campanha...
E ainda vem Francisco Louçã dizer:
"O Orçamento foi apresentado no dia 15 de Outubro, depois de dois meses e uma semana , o Governo vai fazer propaganda política quando estão preparadas eleições gerais e quando está em gestão para se vangloriar de um orçamento que foi amplamente discutido na sociedade portuguesa".
Em primeiro lugar, porque será que Louçã não conta a partir de 6 de Dezembro, data da aprovação do orçamento? Não tem mais lógica apresentar um documento aos portugueses só depois de ter sido aprovado? Será que ele não conta, por serem apenas 14 dias e isso ser sinal de eficiência?
Em segundo lugar, não será "vangloriar" uma palavra muito forte ou até mesmo inadequada, para quem falava do orçamento como tendo "pés de barro"? O Governo agora vangloriza-se com "pés de barro"?
Em terceiro lugar, "amplamente discutido", é sinónimo da mesma opinião que Francisco Louçã tinha no dia 6 de Outubro?
Finalizando, para uma revista ser benéfica ao ponto de servir como campanha, é porque o orçamento afinal sempre era bom ou então foi muito cosmeticado para tal propósito. Se assim a oposição acha, porque não a desmaquilha?Ou será que não tem capacidade de o fazer ou convicção para?
Mas realmente houve hoje um erro, foi Bagão Félix ter "sugerido" aos Clubes de Futebol que deixassem de comprar jogadores para pagar ao fisco. Devia ter "obrigado"...