Axónios Gastos - fibras condutoras ou prolongamentos de neurónios que se encontram já consumidos.

terça-feira, dezembro 28, 2004

Fantasmas do cinema...

Nunca simpatizei muito com críticos de cinema. Sempre os imaginei afogados no cadeirão, com uns óculos graduados, utilizando termos típicos de GNR, do género, " Quem é o habitante que habita nesta habitação?" ou " o prevericador irá, portanto, ser autuado", a apreciar pormenores surreais que se dão na tela de cinema, mas que ninguém mais tem capacidade para sequer farejar, quanto mais ver.
No entanto acordei para aí virado e com a sensação que tinha de encarnar pelo menos uma vez na vida tal personagem...
Ora sobre o Fantasma da Ópera apenas sei que é uma obra escrita por Gaston Leroux em 1911 e que é mais tarde adaptada pelo Britânico Andrew Lloyd Webber, que lhe confere ainda mais fama.
Para quem está minimamente ligado à peça e acompanha a sua evolução, o filme não vai ter o sucesso de "Balas e biscoitos:o regresso", principalmente porque as capacidades vocais de Sarah Brightman e Michael Crawford criaram uma sombra a que nenhum artista conseguirá escapar com facilidade. Felizmente o órgão continua, pelo menos para mim, com a mesma força e diga-se que a história tem poder para vingar e arranjar mais uns quantos fãs ao Fantasma...
Mas à parte disto, o que eu gostava mesmo de saber é como conseguem tais críticos separar o que a sua imaginação concebeu, aquando da leitura de algumas obras transformadas em filme, daquilo que lhes é apresentado no ecrán gigante!
Ou será que isso só acontecerá quando a TV Guia e a Maria forem transformadas em longa metragem?
|| JMC - João Maria Condeixa, 23:10

5Comentários:

Aparentemente o Senhor tem uma ideia errada dos críticos de cinema. Há em Portugal pessoas que falam de cinema com autoridade e rigor mas principalmente com uma enorme paixão e entusiasmo. Não os posso mencionar a todos mas os que mais respeito e admiro são o Rui Pedro Tendinha e o Nuno Markl que apesar de uam enorme cultura cinéfila, fazem a sua critica num tom ligeiro e jovial, não excluindo ninguém e aumentando o número de espectadores de cinema. Esses "pormenores surreais" são apresentados como algo natural e um espectador habituado e verdadeiramente cinéfilo vai-os descobrindo a pouco e pouco. Quanto ao facto de o filme em questão ser uma adaptação de uma peça de teatro que por sua vez é uma adaptação de uma obra literária, esta é sempre uma questão polémica. O ideal seria os criticos tentarem apenas ver aquilo que o realizador interpretou e não o confrontarem com o que idealizaram. Por vezes esquecemo-nos de que um filme tem tanto do seu autor como qualquer obra literária.
No entanto também há alguns criticos que parecem fazer um frete sempre que vão às salas como os criticos do Público que têm dado uma só estrela a muito bom filme. Compreendo que tenha ficado aborrecido por o Luís Oliveira e o Vasco Câmara terem classificado o filme como "a evitar", porque também já tenho discordado (por exemplo com "the Village"). Não será por isso que colocarei todo o seu trabalho em causa.
Anonymous Anónimo, at 9:46 da manhã  
Pois é João, não é acertado negar "à partida, uma ciência que se desconhece".
Como em todas as profissões existem bons e maus, mas parece-me que o comentário anterior é suficientemente elucidativo para q questão. Espero que a Susana nunca te ouça.
Um abraço.
Francisco da Costa
Anonymous Anónimo, at 10:10 da manhã  
É raro tomar a parte pelo todo, mas fi-lo em tom de aviso...Em tom de aviso pois acredito que tais críticos podem melhorar uma cultura cinéfila, mas devido à imagem que têm, não o conseguem fazer.
Infelizmente apanhei no cinema um desses críticos que da mesma forma que alguém (sem tantar generalizar e chamando tb à atenção) das finanças vai trabalhar, este foi ver um filme. Pareceu-me faltar-lhe amor à camisola...
Outra experiência que não aconselho é verem filmes com realizadores ou técnicos ao lado...vai-se a magia!Eles bem tentam mas não conseguem largar pelo menos um comentário...
Blogger JMC - João Maria Condeixa, at 6:04 da tarde  
É raro tomar a parte pelo todo, mas fi-lo em tom de aviso...Em tom de aviso pois acredito que tais críticos podem melhorar uma cultura cinéfila, mas devido à imagem que têm, não o conseguem fazer.
Infelizmente apanhei no cinema um desses críticos que da mesma forma que alguém (sem tantar generalizar e chamando tb à atenção) das finanças vai trabalhar, este foi ver um filme. Pareceu-me faltar-lhe amor à camisola...
Outra experiência que não aconselho é verem filmes com realizadores ou técnicos ao lado...vai-se a magia!Eles bem tentam mas não conseguem largar pelo menos um comentário...
Blogger JMC - João Maria Condeixa, at 6:08 da tarde  
Francisco Ferreira do expresso e do Jorge Mourinha do Blitz são dois criticos munidos do mais puro idiotismo que existe. Snipers cinematográficos!
Anonymous Anónimo, at 7:45 da tarde  

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