3ª e última parte:
"La evasión fiscal impune es otro aspecto que ha castrado inversiones del sector público con potenciales efectos positivos en la superación de la crisis económica y el desempleo, que este año llegó a 7,3 por ciento de la población económicamente activa....que fustiga la falta de honestidad en la declaración de impuestos de los llamados profesionales liberales. Según esos documentos entregados al fisco, médicos y dentistas declararon ingresos anuales promedio de 17.680 euros (21.750 dólares), los abogados de 10.864 (13.365 dólares), los arquitectos de 9.277 (11.410 dólares) y los ingenieros de 8.382 (10.310 dólares). Estos números indican que por cada seis euros que pagan al fisco, ”le roban nueve a la comunidad”, pues estos profesionales no dependientes deberían contribuir con 15 por ciento del total del impuesto al ingreso por trabajo singular y sólo tributan seis por ciento
Con la devolución de impuestos al cerrar un ejercicio fiscal, éstos ”roban más de lo que pagan, como si un carnicero nos vendiese 400 gramos de bife y nos hiciese pagar un kilogramo, y existen 180.000 de estos profesionales liberales que, en promedio, nos roban 600 gramos por kilo”Si un país ”permite que un profesional liberal con dos casas y dos automóviles de lujo declare ingresos de 600 euros (738 dólares) por mes, año tras año, sin ser cuestionado en lo más mínimo por el fisco, y encima recibe un subsidio del Estado para ayudar a pagar el colegio privado de sus hijos, significa que el sistema no tiene ninguna moralidad”
E foi esta a breve análise feita por um cronista espanhol que em cheio caracterizou certos problemas deste nosso país! Espero que tenham gostado...ou não!
Decadência soviética
sf@mediafin.pt
--------------------------------------------------------------------------------
Na decadência do império soviético, um camarada que faltava frequentemente às reuniões do Politburo foi abordado por um outro dirigente inquiridor: «então camarada, faltaste à última reunião?». Resposta: «bem, se soubesse que era a última, tinha ido». Álvaro Barreto pensava que era a última. Por isso não foi ontem à reunião do Conselho de Ministros.
Oficialmente, apanhou gripe. E, prudente, não quis contagiar os colegas de Governo.
Sucede que, à mesma hora, preferia ficar no seu Ministério, recebendo outras pessoas. Que, pelos vistos, são mais imunes a vírus do santanismo.
Este episódio seria isso e apenas isso. Não fosse Barreto um ministro de Estado, número dois do Governo, e não fosse este último Conselho de Ministros sobretudo marcado pela polémica dos dossiers por si directamente tutelados.
Assim, ao trocar a última reunião na Presidência do Conselho de Ministros pelo ar-condicionado do seu gabinete, o engenheiro Barreto revelou tudo: a aversão a problemas que dão trabalho, a falta de empenho no Governo, a desconsideração pelo primeiro-ministro e, afinal, uma falta de sentido de Estado.
Não era coisa pouca que estava ali em causa. Nem pouca, nem pacífica. Entre Álvaro Barreto e Santana Lopes, que desde sempre divergiu da solução Galp / Petrocer, o ambiente não estava fácil. Outras matérias relevantes, ainda na energia, estavam agendadas para o Conselho de Ministros.
Nem com uma perna partida ou afónico, Barreto não podia faltar àquela reunião. Por isso, Santana decidiu convocar outro Conselho de Ministros para a semana. Por isso, decidiu reagendar o tema Galp. Por isso, o que está a dizer é «camarada Barreto, prà semana não podes faltar...».
E assim cai mais um mito deste equívoco que dura há seis meses e se chama Governo. O ministro das Actividades Económicas sabia o que estava a dizer quando confessava aos amigos mais próximos que não pensava envolver-se muito na governação: «vou ser ministro não-executivo», disse a um parceiro de golfe.
A agonia do santanismo torna-se, a cada dia que passa, mais e mais impiedosa. A decomposição atingiu o interior do Governo. Começou com os amigos (aquele adjunto, que já ninguém lembra o nome...). E acaba nos ministros PP, que já andam em campanha contra ele e a calcular as chances que têm se Sócrates falhar a maioria absoluta.
Os dois pilares de credibilidade, aqueles que levaram empresários e gestores a entusiasmarem-se com a equipa económica do Governo, ruíram.
A somatização das críticas levou Bagão Félix a incompatilizar-se com a imprensa, com a banca, com as agências de rating, com a ministra anterior, com o Eurostat, enfim, com o mundo.
A preguiça assumida, mais a prudência calculista, faz o ministro das Actividades Económicas acabar o mandato neste Governo como se nunca dele tivesse participado. Barreto queria passar à história como ministro-fantasma.
Só Mexia continua na estrada. Com as ganas com que chegou. O programa do PSD tem medidas estilo-Schwarzneger, o Exterminador. Dado o contexto, parece o ministro de Informação de Saddam: as tropas inimigas às portas de Bagdade e ele grita «estamos a esmagá-los».