Na altura da formação do executivo socialista, ao ver tantos independentes na sua constituição que colocavam os “suspeitos do costume” como “treinadores de bancada”, pensei num desfecho menos feliz.
Ou os independentes faziam refém o partido socialista (pensamento meramente retórico, sem nenhuma fé depositada) ou os “meninos da máquina” tomavam conta dos independentes e dos projectos que eles pretendessem tomar, com vista a garantir a continuidade e manutenção do perfil despesista a que nos habituaram. Pois bem, ontem deu-se inicio à segunda hipótese.
Os projectos e a cultura do aparelho socialista, onde se incluem dois elefantes brancos e outros paquidermes mais camuflados, tomaram conta de toda a energia independente, deixando esgotado de “cansaço”, Campos e Cunha.
O cansaço ao fim de 4 meses, quando a agitação social se encontra ainda numa fase preparatória e ainda não saiu verdadeiramente para as ruas, só pode ser derivado de problemas internos.
Só pode ser derivado de uma constante briga interna na tentativa de controlar a clientela socialista que se começa a agigantar e a idilicamente sonhar com os resultados autárquicos.
Só pode ser cansaço resultante da antevisão do comportamento do Primeiro Ministro e de outros seus amigos mais chegados, quando virem que está sobre eles a possibilidade de inverterem os resultados que hoje são preconizados.
Será nessa altura que lhes nascerá a verdadeira veia para a promessa. Aquela que os levou a vencer as eleições e que depois com tanta argúcia falsearam. Campos e Cunha não quis assistir a essa subida de tensão...cansou-se antes!