Ora a quota imposta, desvaloriza as mulheres. Fragiliza-as pela discriminação que origina.
Mais, a longo prazo
esta lei não terá qualquer utilidade, pois se em termos populacionais as mulheres já são mais que os homens, se em termos académicos são elas a alcançar cada vez mais qualificações, então, a evolução seria um aumento natural do número de mulheres em lugares de decisão. Assim, este artifício deita por terra o mérito.
O curioso é que quem propôs este projecto, é, proporcionalmente, quem tem menor representatividade feminina. A ideia devia partir dos partidos por iniciativa própria, não devendo ser imposta. Até porque esse 1/3, pode ser colocado em lugares não elegíveis e como tal tornar-se infrutífero! Criaram assim, lugares de primeira e lugares de segunda...se eu fosse mulher indignava-me!
Eu por principio também sou contra as cotas, acho que os lugares são para quem os merece, o que raramente acontece, também é verdade que a nossa sociedade embora esteja melhorzinha, continua a ser extremamente machista, por isso o que as cotas poderão provocar é que em vez de homens incompetentes em lugares de destaque (porque aqueles que não o são, vão continuar a ter lugar nas listas, os outros são os que vão para encher) vais ter mulheres incompetentes nos cargos (poderás é vir a ter algumas boas supresas neste segundo caso), pelo que não me choca.
Se calhar é a oportunidade que falta a muitas de mostrar a sua capacidade, ou não! Não sei!
Mas por principio e numa sociedade igualitária que fosse igualitária, seria sempre contra as cotas, assim nem me aquece nem me arrefece.