Há muito que admiro o país do sol nascente. Por várias razões, mas principalmente pela mentalidade que muitos consideram gelada e que eu prefiro ver como eficiente, pragmática e estimulante. Pois agora, o Japão compromete-se a pôr, não sobre rodas, mas sobre carris, o projecto das pilhas de combustível. É, talvez, um pequeno salto tecnológico, mas um enorme vôo no paradigma energético e ambiental e sobretudo nas mentalidades.
Em 2007, o Japão terá um comboio a pilha de combustível.
Torna-se o primeiro a evoluir. Dá o primeiro passo no sentido contrário às energias não renováveis, abre um nicho que poderá aproveitar e liderar, mas acima de tudo constrói um novo ser humano. Um humano realmente auto-sustentável e auto-preservável.
A pilha existe há muito, salvo erro fruto da evolução militar, no entanto as amarras financeiras sempre impossibilitaram países avançados de aplicarem tal projecto. Muito menos nos transportes, ainda por cima colectivos. Extrair petróleo a preços baixos e vendê-lo a preços aliciantes, sempre é mais rentável. Para além disso, os custos de implementação da pilha são elevados e o retorno ambiental não faz parte dos cálculos quando se estimam os proveitos, daí não ser tão apetecível. Mas os cenários parecem mudar. Se houve a corrida ao ouro e ao petróleo, certamente que existirá a corrida às energias alternativas. Pode tardar, pode demorar, mas o Japão já se qualificou em bom lugar na pole-position.
Para compreenderem melhor a potencialidade da pilha de combustível, enquanto fenómeno inverso da electrólise, ou seja, gerador de electricidade e vapor de água quando combinados hidrogénio e oxigénio (este capturado do ar),
deixo aqui este link.