A informação correcta é valiosa, sobretudo, pelas opiniões que dela advêm. Não falo do conflito israelo-árabe, embora também se adequasse a esse tema, mas sim da produção leiteira e das respectivas quotas.
Nos dias que correm, com a evolução tecnológica à flor da pele, é tecnicamente estimulante aumentar a rentabilidade de um dito recurso. Neste caso específico, é altamente estimulante maximizar a produção de uma vaca leiteira através das várias componentes da técnica, tentando , em simultâneo, minimizar os custos de cada litro.
O que acontece é que cada vez mais é inevitável não entrar neste regime e não incrementar (não importa aqui o quanto) a produção, salvo raras excepções profundamente "amadoras".
Ora tendo quotas fixas de produção, onde é punido quem as ultrapasse, é natural que a indignação surja. E ela surge. Mas fora das "vozes tradicionais". Surge a título individual, pois só quem trabalha, com competência, directamente no úbere da vaca e não na secretária, sabe o quão difícil é cumprir as quotas estipuladas. Daí estar sempre a querer comprar quotas. Daí a rebelião permanente nos Açores. Mas essas imagens e informação não circulam de modo tão fluente.