Muitos dizem, e já quase se torna num mito urbano, que Portugal já só lá vai com "pulso". É já uma expressão banalizada, muitas vezes descontextualizada, mas que não deixa de transparecer algumas necessidades que o país atravessa e que precisam de resposta firme. Resta saber o momento, a medida e a forma como deverá ser aplicado esse pulso.
E ao pensar na forma, lembrei-me que esta poderia ser uma questão muito frágil para a direita liberal. No fundo todos os que utilizam esta expressão pensam numa intervenção reguladora do estado. Pensam, não apenas na segurança apertada, mas também na austeridade financeira, na regulamentação de mercados concorrenciais e inevitavelmente em políticas de emigração mais restritivas. Já a direita na sua ponta mais extrema resguarda-se nesta sombra, embora não seja sua por direito. Fica então por saber como deverá a direita mais liberal (embora reconheça essencialmente a sua diferenciação na perspectiva mercantil) capitalizar este discurso e resolver este dilema. Poderá fazê-lo, conseguirá fazê-lo ou passará o esférico para a direita conservadora, sua parceira simbiótica?
Será possível imaginar e criar um "pulso invisível" (este termo é meu e vai ter copyright antes que seja gamado por um Silva ou Smith qualquer) que assente na responsabilidade e exigências individuais promova a resposta aos problemas acima descritos ou isso seria criar a "justiça popular"? Que dizem
AAF,
MI,
Blasfémias &
Atlântico?