As aulas de substituição têm sem dúvida um propósito louvável, mas a sua génese não foi bem preparada e a sua prática deixa muito a desejar. Nasceram impostas e converteram-se num modelo muitas vezes contra-producente. E aí a culpa não foi dos alunos, mas sim de docentes que não compreenderam o objectivo ou que compreendendo não se quiseram, egoisticamente, "desgastar" com aquelas horas que não eram suas. Já algures falei sobre os casos em que aulas de substituição servem para jogar sudoku ou batalha naval e que por isso se transformam em momentos desesperantes em vez de mais valias. Mas não quero com isto dizer que apoio as manifestações desencadeadas por sms no secundário.
Quero sim, afirmar que já há muito deveria ter o ministério desafiado as direcções regionais a corrigir esses erros. Pena que o faça só agora, depois da dita acção juvenil. Pena que os estudantes não tenham optado primeiro por uma acção mais sóbria. Mas como a história sempre rezou assim, nesta lógica de "casa arrombada, trancas à porta", é natural que agitadores se aproveitem daqueles que têm razão. Há que quebrar este vício para ver se se acaba com esta lógica contrária, pois assim não se ensina ninguém!