Por mais que uma vez aqui falei sobre a China. Escrevi sobre o
gigante adormecido e ajudei também a divulgar alguns
dados que poderiam servir para fortalecer uma eventual simbiose Luso-Chinesa. Mas a verdade é que o gigante continua preso nas teias comunistas.
Vai-se libertando aos poucos e a abertura do seu sistema bancário à concorrência internacional é dos raros exemplos que se destacam. Mas atenção, não é por ser dos poucos que deixa de ser menos importante. Como sabemos a massa humana constitui aqui, bem como noutras áreas, uma mais valia extraordinária lá para aqueles lados: ainda hoje via trabalhadores munidos de enxadas a rasgarem socalcos idênticos aos do Douro. Não vi foi nenhum camarada em Portugal a manifestar-se contra esse abuso do sistema Maoísta, mas adiante. O problema é que essa mais valia pode tornar-se num enorme calcanhar de Aquiles.
Sobrelotados, sem absolutamente nenhuma consciência ambiental, apoiados ainda numa agricultura rudimentar, altamente dependente do Estado (como em tudo o resto), que contrasta brutalmente com um crescimento económico único que assenta na proliferação industrial e de serviços, preparam-se para o seu maior desafio: ultrapassar este cenário. É que este, guarda em si o ponto fraco, mais fraco de toda a China: a sustentabilidade! Fechados sobre si mesmos, são obrigados a diminuir e colocar travões no crescimento económico (tomara nós) para evitar o desastre! Receiam perder o futuro e optam, então, por perder apenas o amanhã.
Resta saber, se após este "kit-kat" estratégico conseguirão voltar a espevitar a máquina monstruosa e se até lá, no entretanto, a União Europeia aproveitou, para si, esse abrandamento.
P.S.- será que alguém falou nisto naquele encontro mundial que aconteceu por terras Lusitanas?