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sexta-feira, dezembro 01, 2006

1º de Dezembro, União Ibérica e os nossos dias

No dia em que se comemora a restauração da independência de Portugal recordo aqui alguns momentos que nos poderão servir de exemplo para os dias que correm, pensando, sobretudo, na tão badalada união ibérica:
Nos anos imediatamente anteriores a 1640 começou a intensificar-se o descontentamento em relação ao regime dualista em parte dos membros da classe aristocrática, dos eclesiásticos (principalmente os jesuítas, que exploraram nesse sentido as crenças sebastianistas – e, em geral, «encobertistas»)
A má administração do governo espanhol constituía uma grande causa de insatisfação dos Portugueses em relação à união com Castela. Dessa má administração provinha o agravamento dos impostos. (…)Em 1635 era estendido a todo o reino o imposto do «real de água», bem como o aumento do das sisas.
(...)O dia 1.º de Dezembro amanheceu de atmosfera clara e muito serena. Tinham-se os conjurados confessado e comungado, e alguns deles fizeram testamento.
Como se consegue ver, tal como naquela época, ninguém quer a união ibérica. Existe sim, um descontentamento geral, sobretudo no que toca à administração do governo (neste caso já português) e à política fiscal, com o agravamento de impostos, que desenvolve um sentimento de insatisfação permanente e procura de algo melhor. E se além fronteiras está melhor, é natural que a dor de cotovelo resulte em sondagens menos felizes. Mas o mesmo já não perdoa algumas pérolas de alguns governantes, pois neles reside a responsabilidade de alterar esse cenário e não do agravar!
|| JMC - João Maria Condeixa, 15:28

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