Um dos pontos que neste blog já referi (
aqui) e que volto a reforçar, é a resposta a uma pergunta que o SIM não faz. Não deverá ter o Pai a mesma influência sobre o feto que a Mãe?
a) Sendo o resultado de uma consentida relação a dois, com a consequente conjugação de metade da carga genética de cada interveniente, seria natural que os direitos e deveres fossem idênticos. E antes que alguém traga exemplos estranhos, lembrem-se que por esse mundo fora cada vez mais se vão equiparando os sexos quanto à custódia dos filhos.
b) "Por opção da mulher" deixa qualquer homem de fora. Bem sei que actualmente já assim é se a mulher o entender, mas não quer isto dizer que o homem concorde ou que deva o Estado apoiar.
c) E eis o segundo gume da faca: se as duas alíneas anteriores focavam pais estremados, outros há que assim não são. E aí, o SIM abre-lhes uma oportunidade única. Coagir a prática de aborto sob a protecção estatal. Ao contrário daquele que é o percurso que a humanidade considera natural (combate à violência doméstica, a maus-tratos sobre mulheres, a despedimentos sem justa causa...) passará a dar-se permeabilidade à acção de alguns "Pilatos" malfeitores ou apenas irresponsáveis. E ainda dizem que acabará a perseguição!
* garanto que a imagem com a "deixa" patente nos balões foi encontrada por acaso e que embora não tenha sido manipulada, certamente que o contexto é bem diferente.