Como não consegui publicar a resposta nos comentários aqui vai:
A transcrição da constituição serve apenas para separar as águas entre as decisões subjacentes à aquisição de submarinos e a IVG. Bastava ter dito que o Estado dispõe de orgãos de soberania para decidir as prioridades a tomar, mas parece-me que assim se torna mais fácil identificar as razões ou o sentido dessa diferentes decisões. Também eu aponto erros à cosntituição, mas julgo importante salientar a vontade exposta em preservar e defender a vida e a saúde. Assim, respondo:
a)Promover a saude não será assegurar abortos em clinicas devidamente preparadas? Não, pois o aborto clandestino manter-se-á tal como aconteceu noutros países, pelo que importante e prioritário, é assegurar que não existam quaisquer justificações para o realizar. Acrescento ainda que o aborto, mesmo em clinicas preparadas, reduz uma vida (o feto) e deixa mazelas gravissímas (psicológicas) na mãe! E como sabes a saúde também é psicológica e social.
b)Não permitirá a despenalização do aborto assegurar, precisamente, uma protecção à juventude e infância, assim como a condição de vida?Não, ou achas que proteger a juventude, é abortar o futuro ou dar hipótese a isso? E a questão económica que lhe está ligada, e que me pareces estar a levantar, pode/deve e, em muitos casos, é assegurada pelo Estado e outras instituições, sabes bem. Há uma oportunidade que deve ser dada ao feto...
c)Quanto à tua última dúvida ou questão tenho apenas uma resposta: Parece-me egoísmo! Toda a vida houve mães e pais muito novos, com enormes dificuldades na vida, com custos que não pareciam suportar e que, ao contrário de todas as expectativas, tornaram-se, a eles e aos filhos, em exemplos. Agarraram-se a forças que desconheciam ter. Só agora, frios e egoístas, começamos a colocar essas hipóteses! Pode parecer sonho e não nego algum idealismo ou romantismo, mas pergunto que condições tinham no tempo de "Os Miseráveis", "Oliver Twist", "Anna Karenina" ou outros clássicos nacionais e estrangeiros. E felizmente e apesar dessas rudes condições, estamos cá nós para ouvir ou ler a história!