Agora que penso nisto, se por acaso um dia me vier um cientista explicar as razões pelas quais gosto mais ou menos de uma determinada pessoa, sejam elas razões químicas, biológicas, fisiológicas, whatever, tenho a certeza que matam o romantismo pela raiz.
É tão bom gostar de alguém ou detestá-la sem conseguir explicar as razões em concreto. Criar um inimigo sem porventura lhe conhecer os defeitos, embora lhe reconheçamos as qualidades, deve ser, não digo a profissão mais antiga do mundo, mas pelo menos a incoerência mais velha e banalizada do globo. Mas melhor ainda, é perceber que o romantismo, essa virtude que a sociedade consagrou como delicada e que é utilizada para demonstrar afecto por alguém, está intimamente ligada à componente não racional do ser humano e por consequência ao seu ego mais selvagem e grotesco!
Por isso, cara ciência, não chegue ao ponto de nos roubar este rebuçado!