Tenho um Estado mesmo visionário. Tem uma enorme capacidade de compreender o futuro. Sabe todas as dificuldades financeiras que atravessa e reconhece-as perante a opinião pública. Partilha esses problemas para assim justificar as decisões a tomar e a revolta não ser tão grande. Mas este Estado, que inclusive conhece o seu futuro demográfico ( que de Inverno mediterrânico passará a siberiano num curto espaço de tempo), prefere aplicar os seus escassos fundos em políticas "libertadoras" da mulher do que em políticas libertadoras de toda a sociedade. Apoio aos tratamentos de natalidade e fertilidade que visam trazer alguém ao mundo é mentira, mas para esbarrá-los, já pode ser. E nessa lógica, perde-se a tal liberdade geral de que falava: menos um a nascer, menos um a trabalhar, menos um a contribuir, menos um a descontar, menos um a suportar esta lógica de Estado pesado que temos, mas que não defendo, e consequentemente, menos liberdade de todos e para todos! Quanto mais peso menos liberdade, não é assim? Se o peso aumenta, quem sou eu para fugir aos escombros?