Cavaco veio relembrar que se os políticos não conseguem cumprir as promessas, não as devem fazer. Disse mais, criticou os governos que aprovam leis que depois são incapazes de cumprir. Em tom de farpa dirigida a Paulo Portas,
referia-se aos ex-combatentes e à contagem do serviço na guerra para efeitos de reforma. Paulo Portas prometeu e cumpriu. Legislou e deu o primeiro passo para a realização dos pagamentos. O actual Governo é que argumenta que não tem dinheiro para conseguir cumprir os compromissos assumidos por Paulo Portas. Não tem dinheiro para isso, mas insiste na OTA e no TGV mesmo depois de contas feitas e conselhos divulgados quanto ao seu peso orçamental. Cavaco advertiu, certamente, no sentido de proteger Marques Mendes desse "terror" que poderá aí vir e que se chama Paulo Portas. Pena que ainda não tenha advertido Sócrates em relação às inúmeras promessas que fez e que a cada dia que passa se afasta mais delas! Será a solidariedade institucional que não o permite? Ou vê em Sócrates o delfim que Marques Mendes não consegue ser, mas que ainda assim tem de proteger?