Para clarificar a contra-informação e o diz que disse, vale a pena deixar uns quantos factos relativos a ontem, sendo que depois dos apresentar, não me inibirei de deixar a minha posição:
a) Logo de manhã surge o requerimento com as tais mil assinaturas. Não era ou não deveria ser sequer para aquele CN. Não fora convocado com esse propósito. Relembro que o CN já estava marcado antes do requerimento nascer. Mas à custa de uma condição descrita no dito requerimento, este lá acabou por chegar à mesa. Nogueira Pinto ainda propôs que se alterasse o documento, à revelia dos militantes subscritores, para que ele pudesse ir mais além, mas felizmente o CN mostrou claramente que não pretendia discuti-lo.
b) Segue-se então para a ordem de trabalhos proposta. Mas mal se consegue entrar nela. Os obstáculos para o prosseguimento dos trabalhos foram crescendo, até se chegar à proposta final dos métodos eleitorais.
c) Votada em alternativa, a solução das directas seguidas de congresso electivo obtém uma maioria de 65%. Suficiente, pois os estatutos não obrigam a 3/4. Em Gaia, na génese das directas de Castro, o resultado foi bem menos expressivo e não houve obstáculos à sua realização.
d) Por último, chegados ao ponto que permitia avançar nos trabalhos, vem Nogueira Pinto fazer uma intervenção evidenciando o contrário. Depois de arrumado, logo no inicio, o assunto do requerimento, vem MJNP dizer que está o CN encerrado e que iria realizar-se um congresso extraordinário, tal como as assinaturas o exigiam. Assim desprezou por completo o CN e o que este ditara. Daí nasce o reboliço. Nasce do abandono dos trabalhos, face à vitória das directas. Como é óbvio pareceu mal à maioria (65%) que desde as dez da manhã se encontrava, ininterruptamente, na sala à espera de decidir e sair de um impasse!
Há uma grande questão que surge. Se era para ter tido este desfecho, à revelia do que o CN ditou, seguindo apenas o requerimento, por que razão não o fez, MJNP, mais cedo?
Será que estava toda uma estratégia construída premeditadamente?
Com a sua imparcialidade posta em causa também estas questões podem surgir!
Não existirá ninguem a gritar:"Calma! O povo é sereno!"?
Um abraço