(Piet Mondrian, 1911) A minha geração foi trespassada por acções de sensibilização e campanhas sobre a água e sobre as florestas. Ficou na memória de todos aquela música de Joel Branco, "
Uma árvore, um amigo", e chegou-se ao ponto de muitos se passarem a reger por um princípio que faria de nós Homens: "Ter um filho, escrever um livro e plantar uma árvore". (a árvore aqui deve ter aparecido para compensar o gasto de papel para o livro)
Hoje essa geração de crianças é já adulta e tem responsabilidades. O resultado? Inúmeros hectares de floresta ardidos, com os picos mais elevados nestes últimos anos. Anos de seca extrema que se tentam solucionar em cima do joelho.
De nada serve sensibilizar se entretanto não se encontrarem soluções no terreno. Politicamente é bonito mostrarmo-nos preocupados com determinado problema, mas o que era perfeito, perfeito, perfeito, era que em simultâneo não se desse o descartar de responsabilidades apenas porque já foi realizada a campanha ou implementado o plano.
Teremos que ter isto presente nas campanhas que agora se promovem. Em tantos problemas como o aborto, como a educação sexual, como o HIV ou o cancro. Na toxicodependência ou nas questões ambientais várias não chega sensibilizar ou esconder a realidade.
É verdade que esconder uma realidade é, politicamente, mais fácil. Suavizar estatísticas é bastante mais cómodo. Colocar pó-de-arroz no país para que ele se mostre mais atraente é, sem dúvida, muito mais apetecível. O problema é que estes métodos têm sido prática corrente, levando-me a duvidar, tal como neste blogue tenho demonstrado, da sustentabilidade das soluções encontradas.
É que só teremos toda a liberdade, se juntos compartilharmos toda a responsabilidade. E só quando atingirmos esta premissa é que todos nós trabalharemos para a durabilidade e para um futuro a garantir. Por isso, este sim, devia ser um pilar da direita liberal. Tudo o resto é fazer "zapping" sobre o amanhã, com a possibilidade de deixar ou colocar uns quantos sentados comodamente no sofá com a lata de cerveja na outra mão!