A grande aposta das autarquias de interior para desfazer assimetrias é subsidiar novos casamentos e a maternidade. A paternidade também, mas já se sabe que nestas coisas é melhor jogar pelo seguro. É como espanhóis com o apelido.
Mas fora de brincadeiras: estas autarquias vêem os seus poucos jovens fugir para os centros urbanos por inexistência de ofertas de emprego na região. Os que por lá ficam normalmente são empregados nessa entidade corpulenta, mais conhecida por Câmara. Estas entidades empregadoras, agora, para além de ocuparem parte do seu orçamento em engorda do efectivo, sobrecarregam-no também com a reprodução. E chegam a pagar até 12000 € por filho.
Mas o desemprego tende a agravar-se por não existir mais ninguém a empregar e porque o espaço para a Câmara o fazer vai diminuindo bastante. Assim teremos um investimento totalmente desperdiçado: 12000 € para ter um filho não é grande ajuda se pensarmos nos custos a longo prazo, sobretudo se estiver em risco os pais viverem no desemprego. 12000 € para uma Câmara poderá não ser muito, mas será sempre mais alguma coisa, sobretudo se for mais um gasto sem retorno, seja ele económico ou social.
Enquanto não existirem empresas/indústria no interior, este não poderá vingar. Não poderá ser o Estado a fazê-lo e a prometê-lo. Tem de ser a entidade privada, que aliciada pelo Estado para lá assentar arraiais, capture mão de obra para trabalhar! Baixem antes os preços dos terrenos, apostem nas tecnologias, nas vias de comunicação, exijam as Câmaras, junto dos Governos, condições para o investimento (sobretudo o estrangeiro) poder parar no interior do país, criem ninhos de PMEs, mas não se percam em subsídios e remendos!