JMF no editorial do Público (
via O Insurgente) lançou este artigo que eu, confesso, julgava impensável alguém escrever há um bom par de anos atrás. Um artigo sobre liberdade de escolha na educação, sobre apostas de qualidade baseadas na autonomia do estabelecimento de ensino e sobre a ferramenta que torna possível esse cenário: o cheque-ensino.
Alguns saberão que pertenço à
organização de juventude que sempre defendeu a criação do cheque-ensino. No entanto, não é por aí que ao fazê-lo, mais uma vez, me torno suspeito. O tempo veio-nos dar razão e a ambição das pessoas, em querer um modelo melhorado para os seus filhos, também.
Numa altura em que a exigência parece ter desaparecido. Onde as provas de aferição não responsabilizam professores, nem crianças. Numa altura em que o Ministério da Educação se torna o reitor do facilitismo:
Numa altura destas faz ainda mais sentido o cheque-ensino. A ferramenta que possibilita a escolha para ter um filho capaz de ler, compreender e demonstrar, através da escrita, essa compreensão.
A necessidade do cheque-ensino ultrapassou já a sua função económica. Ultrapassou o seu desígnio de liberdade e de escolha. Chegou ao ponto de se tornar o único garante para algumas escolas de interior, bem como a única possibilidade para assegurar as bases sólidas no percurso de um indivíduo.
O cheque-ensino vale agora uma vírgula bem colocada, a tabuada bem aprendida, uma eventual escola não encerrada e um país com a possibilidade de escolher a via da exigência.
mas cuidado para não mergulhar Portugal num abismo de catástrofe social :)