O ser humano utiliza uma ínfima percentagem do seu cérebro. Infelizmente existe a necessidade da Humanidade trancar essa ínfima parte num rótulo, numa definição, na caracterização, muitas vezes linear, daquilo que a pessoa deveria ser. E graças a essa segmentação, muito se acaba por perder.
Ninguém, graças a essa massa cinzenta espantosa, consegue ser verdadeiramente puro. Ninguém consegue sê-lo 24/7 na política, no trabalho, nas relações pessoais e até no consumo. E sê-lo não significa incongruência. Ser um fanático por qualidade, não obriga a que não se possa ser um smart shopper. Ser um adepto de um perfeccionismo finlandês, não significa que não se tenham momentos de descontracção brasileira. Ser um exemplo de fria racionalidade, não significa que não se vivam intensos momentos de emoção. Errado será criar gavetas separadas para tudo isto, quando à complexidade humana lhe é permitida ser muito mais.
Uniformizar deveria ser um pecado! Criar boxes de pensamento também!
Bom, mas já soa tudo muito a repetição...