As prioridades deste governo socialista continuam vincadamente invertidas. Já temo que esta cassete das prioridades invertidas, que deu origem a alguns posts por aqui, comece a enjoar, mas o que é certo é que cada vez mais o governo aposta nessa via. Umas vezes por razões estéticas, de mera propaganda, outras para aumentar o seu controle e estender os seus tentáculos, outras vezes para assumir que se considera incapaz de resolver, enquanto Estado, os problemas com que se depara e outras ainda para, optando pela via facilitista, criar empatia junto daqueles que menos atenção vão prestando. Foi assim com o caso do aborto, é assim com a opção para as salas de chuto, com a comunicação social (como questiona
aqui bem o Gabriel no Blasfémias) e também com as recentes apostas (as dos tais
quadros interactivos) na educação que permite que ainda uns tiritem de frio. É assim com a estratégia de política fiscal e atracção do investimento, com a política laboral, com as opções na saúde, nos medicamentos e nas comparticipações estatais. Enfim, é assim com quase tudo!
E fora daquele que é o meu registo, arriscaria dizer que tudo isto resulta de uma espécie de extravagâncias de "novoriquismo", motivada por uma maioria na Assembleia que ainda não aprenderam a utilizar convenientemente. Não são só encenações à La Féria, como diz o
AMN, nem brincadeiras com o poder, são sobretudo demonstrações resultantes de quem quer deixar uma inscrição a todo o custo, mesmo que o custo seja pago pelos contribuintes, sem estes o terem pedido, nem verem dele qualquer retorno! Felizmente, a Ota, o apogeu desta governação, o menino a fazer xixi à entrada do jardim, parece já ter sido abandonada.