Diz o
Mais Évora que foi Bertold Brecht a deixar esta reflexão:
"O pior analfabeto é o analfabeto político. Ele não ouve, não fala, nem participa nos acontecimentos políticos. Ele não sabe que o custo de vida, o preço do feijão, do peixe, da farinha, da renda da casa, do sapato e do remédio dependem das decisões políticas.O analfabeto político é tão burro que se orgulha e incha o peito dizendo que odeia a política. Não sabe o imbecil que da sua ignorância política nasce a prostituta, o menor abandonado, o assaltante e o pior de todos os bandidos que é o político vigarista, desonesto, o corrupto e lacaio dos exploradores do povo."Nunca poderia discordar. A única diferença é que também o sistema Marxista, que ele tanto defendia, se mostrava exímio no aproveitamento desse analfabetismo.
Nada como ter analfabetos políticos a defenderem cegamente conceitos que não entendem ou a serem cara de processos que só a ignorância extrema admite. Nada como um sistema se esconder atrás dessa ignorância. Nada como se escudar com ela. Nada como a manipular.
É importante deixar de ter analfabetos políticos, mas não é por participarem ou se mostrarem activos que passam automaticamente a ser letrados. Portugal sabe-o bem!
Mas não se vê ninguém que esteja "dentro" da política preocupado em melhorar esta situação (letrar esses analfabetos).
Ao que assitimos é ao aproveitar desse analfabetismo por todos os quadrantes políticos, sem excepção.