O governo teme que a propagação do vírus da SIDA aumente nos estabelecimentos prisionais e por isso julga importante existir um programa de troca de seringas. O governo também teme que aumente o consumo de estupefacientes dentro e fora de estabelecimentos prisionais e por isso mesmo se desdobra, mais em reuniões do que em acções, é certo, mas não deixa de ficar patente alguma preocupação no sentido do combate ao consumo.
Se acabar com o consumo fora dos estabelecimentos prisionais se mostra assim tão difícil, já lá dentro, a tarefa, aparentemente, mostra-se bastante facilitada. Então acabando com o consumo por completo teríamos o problema da propagação do vírus da SIDA resolvido, certo?
O problema está na criação de uma mentalidade que prima em ver um problema que existe, como uma realidade a aceitar. Existindo um problema que tem na sua raiz a solução, haverá sempre quem prefira cortar com as suas consequências e não com o problema. É a mentalidade socialista de quem quer que aparentemente tudo esteja bem, mesmo que por dentro tudo vá ruindo.