Acho que nunca me debrucei no balcão da Ginjinha. Não gosto de beber ginja! Mas o espaço faz-me lembrar aqueles sítios que nos hipnotizam nos dias mais nostálgicos. Facilmente dava para parar e pensar na quantidade de pessoas e histórias que por ali passaram a marcar o mármore. Muitas delas talvez tenham lá perecido engasgados por uma qualquer ginja ou até por terem abusado na quantidade. Outros talvez tenham tratado da sanidade mental através do álcool adocicado, enquanto a sanidade do local diminuia. Mas nada que no dia seguinte não tivesse cura. A ASAE pôs fim a isso. A ASAE acabou com a Ginjinha depois de ter tentado acabar com as Bolas de Berlim na praia. A ASAE quer acabar com parte da minha memória sem que eu lhe tenha pedido. Com parte da memória portuguesa, sem que ninguém se tenha queixado. A ASAE que continue assim e logo vai ver se um dia destes não sou pessoa para embarcar numa manifestação para lhe acabarem com o pio. Isto assim é que não pode continuar!