Axónios Gastos - fibras condutoras ou prolongamentos de neurónios que se encontram já consumidos.

terça-feira, dezembro 18, 2007

Quem tira e finge que dá, vai parar onde?


Sócrates com o papel que tem conseguido sacar aos contribuintes através de impostos que prometera não subir, veste a pele de mãos largas em vésperas de natal e atira areia para os olhos de uns quantos. Uns dirão que não é nada e gozarão com isso, outros, na tentativa de proteger o governo, dirão que é o possível e que além disso é o maior dos últimos tempos. Se tiverem hipótese ainda arranjam espaço para dizer que o PSD e o CDS também estiveram lá e não conseguiram tanto.

Eu prefiro pensar que se não tirassem tanto ao fim do mês da carteira de cada português, talvez fosse mais útil este aumento de 20 euros. Talvez servisse para mais. Se os impostos fossem menos graves, talvez fixássemos empresas com capacidade para pagar ordenados mais altos. Talvez conseguíssemos. Se os impostos fossem mais baixos, talvez o tecido empresarial tivesse possibilidade de remunerar melhor os funcionários. Talvez tivesse. E estes se recebessem melhor, talvez gastassem mais noutros lados, noutras empresas, possibilitando melhores ordenados aos seus congéneres. Talvez, digo eu.

E se não tivéssemos sequer de pensar no SMN? Talvez empresas que hoje não existem por não conseguirem abrir portas para este mercado imposto pelo Estado tivessem a sua oportunidade. Talvez alguns desempregados, algumas pessoas que nada recebem, tivessem um pouco de seu ao fim do mês. Talvez assim estivéssemos melhor. Talvez, digo eu.

O problema é: se quem dá e tira vai parar ao inferno, quem tira e finge que dá, vai parar onde?

P.S.- É bom não estar sozinho!
|| JMC - João Maria Condeixa, 00:00

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