No meu 9º ano tinha um colega de turma, o Duarte, que era repetente pela enésima vez. Isso fazia dele uma espécie de adulto que fascinava os mais novos, onde eu me inseria. Mas o Duarte não era um ídolo, nem tinha essa pretensão, não era mauzão e nem podia ser. Estava sempre na dele, a tocar uma bateria imaginária com muita "paz e amor". Era um gajo porreiro, descontraído, com uma mania: o LSD.
Essa brincadeira levou-o a fugir de casa, graças a trips maradas, pensando que era uma laranja e que os pais o queriam descascar. Noutras vezes limitava-se a ficar sentado nas árvores ou perto delas, fiel ao fruto imaginário. Não sei se dependia da trip, mas a laranja aparecia muitas vezes no menú. Tirando aquela vez que apareceu todo "xinado"...mas aí deve-lhe ter batido mal. Mal não, pior!
Vem esta história a propósito de
uma volta que dei no site do Bloco, mais propriamente na parte das "notícias canábicas" (mega secção de um site institucional, buéda cool!!)
Ora segundo o BE e segundo uma revista de medicina que avaliou várias drogas em três parâmetros (o dano físico aos utilizadores, o potencial de habituação e o impacto do consumo na sociedade) é urgente reclassificar as drogas, isto porque aquela malta chegou à conclusão que o tabaco é mais nocivo que o LSD, que o Ecstasy, que a 4-MTA, entre outras.
Estes "bacanos" do Bloco só podem estar a gozar! O meu cigarrinho nunca me transformou numa laranja e estes gajos querem, para ganhar a guerra das drogas leves, criar razão a todo o custo. Até onde irá a caixinha de surpresas do berloque...
Beijinhos