Independentemente da nossa postura ecológica ser mais ou menos fundamentalista, se é possível atingir maior eficiência, isto é, manter os níveis de crescimento sem aumentos na poluição, então esse deve ser o caminho a seguir.
E Portugal deve fazê-lo. E estávamos (ou estamos) a apostar nesse sentido.
Mas graças ao nosso PIB per capita ser tão baixo (isto é quase uma observação igual à que Manuel Pinho fez na China), os senhores da Europa, que tudo sabem, vão-nos deixar poluir um bocadinho mais (1%!!).
Tudo porque precisamos de crescer. Significa isto que quem pode poluir um bocadinho mais, não é mais limpo e asseado, apenas é mais pobre! Não significa que tenha indústria eficiente e amiga do ambiente, significa que não a tem! E Portugal lá ficou, neste ranking, fora do grupo dos industrializados, para figurar no topo dos países mais pobres.
Não me parecendo impossível compatibilizar crescimento com as questões ambientais, não posso dizer que a postura esteja totalmente errada, mas começa a ser um hábito estarmos mais uma vez na vanguarda daquilo que ninguém quer cumprir e fora daquilo que todos desejam.