A mim não me preocupa que Ferreira do Amaral seja administrador da Lusoponte. Se tinha competências para ser Ministro das Obras Públicas é natural que as tenha para ser administrador. Preocupa-me sim, o contrato que fez na altura em que era governante e preocupa-me que esse mesmo contrato ainda hoje se mantenha. Quantos compadres, amigos, gerações de devedores e prestadores de favores terão iniciado "funções", por arrasto ou não, desde que esta brincadeira começou? É que se formos a ver vão lá quase 15 anos e nesse espaço de tempo muitos favores se têm de pagar e tantos outros se podem pedir. A teia cresce e de que maneira.
Mas também importa saber um pormenor que o Bloco esqueceu convenientemente: a indemnização justifica essa mudança desejável ou é daquelas milionárias em que mais vale esperar sentado?
É que as condições que beneficiam a Lusoponte já deram para ver que fazem da empresa reis e senhores do Tejo. Resta saber quanto custa retirar-lhes o trono!