Ouvi dizer que a Universidade de Évora vai cortar forte e feio no número de docentes que emprega. Salvo erro vai desfazer-se de uma centena de docentes. Segundo palavras do Reitor:
A operação de saneamento financeiro é inegavelmente melindrosa e penosa porque colide com legítimos interesses e expectativas pessoais.
Não tenho dúvidas que o seja, da mesma forma que não duvido da necessidade desta operação.
Quando lá estudei e quando me manifestei contra a política seguida, já era sobejamente conhecido o peso do pessoal docente na saúde financeira da instituição. Infelizmente, até por questões estratégicas, a lógica portuguesa dos "direitos adquiridos" e dos interesses criados, fez com que a Universidade aumentasse as propinas para o máximo na esperança de conseguir as receitas para pagar, à justa, os encargos com os vencimentos, deixando assim, para trás, uma oportunidade de ouro de ser competitiva, quer na qualidade, quer também na propina aplicada. Não houve essa visão. No fundo, talvez tivesse sido possível atrair mais alunos, se se tivesse afastado os docentes em excesso!Resta saber, nesta saída necessária, quem serão os afectados: aqueles que dão o couro e o cabelo pela instituição ou os outros que de tão acomodados que estão no sofá de casa, raramente aparecem nos corredores ou nas salas de aula...