Axónios Gastos - fibras condutoras ou prolongamentos de neurónios que se encontram já consumidos.

quarta-feira, julho 23, 2008

Velhos hábitos que se alastram

As dificuldades para as Universidades começaram a surgir quando a restrição orçamental se iniciou. Até aí, imperava o gasto, como em muitas outras instituições públicas, desmesurado, inconsequente e despreocupado. Entretanto, apertaram-se as regras e diminuíram-se os montantes, e as Universidades saíram disparadas em busca das galinhas de ovos de ouro, que rapidamente mataram, ao mesmo tempo que aproveitaram para justificar aumentos nas propinas (os tais que dispararam à velocidade da luz).

Nesta corrida, nunca foi pensada a eficiência, nem o planeamento como prioridade. Foram, sim, respondendo sempre à fome de um monstro que tinham criado.

Até hoje, raras foram aquelas que optaram por desenvolver novas estratégias. A maioria manteve-se lá à frente à espera da bola ( na gíria futebolística existe outro nome) sem pensar na estratégia da equipa, nem nos seus próprios propósitos ou objectivos.

Ora, na semana em que sabemos que algumas delas não cumpriram as regras, nem para esse lado estiveram viradas (é o TC que aponta falhas na gestão de quatro universidades, onde se inclui gastos não autorizados) assistimos à condecoração, sob a forma de reforço de verbas, dessas mesmas academias.

Se com professores catedráticos e instituições que formam as gerações futuras, nos habituamos a premiar quem não apresenta soluções e, sem querer generalizar, gasta dinheiro indevidamente, ainda nos espantamos que exista quem compre playstations, dvds, plasmas, etc. quando vive num "T2 ou T3 a quatro ou cinco euros mensais" provenientes de bizarras benesses do Estado-providência?
|| JMC - João Maria Condeixa, 18:04

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