Em resposta aos comentários
a este post:
Para infelicidade dos meus colegas de blogue, não tenho parecenças nenhumas com a Joana Amaral Dias. Não tenho físicas - eles bem gostariam - e muito menos terei políticas.
Só julgo que nesta situação, como em tantas outras, não podem existir instituições que se sintam inimputáveis, tal é a dimensão atingida.
Uma bancarrota real, embora não desejável, pode até ser mais justa. Vejamos de forma fria e pragmática:
O banco vai à falência. Quem tem acções da instituição chora sobre o assunto. Quem lá tem dinheiro a render pode ou não ficar a arder, dependendo da justiça e dos activos da instituição. Dão-se um enésimo de desempregos, as empresas que dependem directa ou indirectamente desses bancos levam parte do impacto, surge uma tempestade económica, mas recorrem a outros e devagar dão a volta por cima.
Neste cenário em que o Estado se atravessa e o banco fale, quem tem acções da instituição chora para, depois de nacionalizado, ir pedir batatinhas ao Estado. Quem lá tem o dinheiro a render não fica para já a arder, pois o Estado, com o dinheiro dos contribuintes, paga aos contribuintes. Mesmo que soe a uma parcial devolução.
Mas neste cenário há mais uma agravante: quem não arriscou naquele banco paga, enquanto contribuinte, da mesma forma os erros cometidos por outros, espalhando-se o mal pelas aldeias!
Entretanto a economia ressente-se, dão-se na mesma um enésimo de desempregos, pois o Estado, mesmo com dinheiro que não é seu, não consegue suportar tudo e todos. As empresas que dependiam dos bancos levam parte do impacto, vêem os seus créditos congelados tal como no cenário anterior, param e sentem-se no dever de ir pedir satisfações ao Estado.
O Estado fale tal como o Banco!
Eu, prefiro a segunda fotografia. E os comentadores apologistas das nacionalizações?