Já sobre a venda livre de medicamentos fora da acção das farmácias, escrevi os meus comentários. No
post "fluoxentine, batatas e coca-cola" escrevi algumas preocupações que, se diga sinceramente, foram respondidas de forma positiva, deixando por isso de me preocupar e permitindo-me encarar com melhores olhos tal mudança.
No entanto uma das que lá adiantei, permanece. É o caso da venda da pílula do dia seguinte. Em primeiro lugar, pela sua carga hormonal e impacto que tem no organismo, deve ser sempre criteriosamente encarado. Um técnico deverá ter sensibilidade para esclarecer devidamente esta questão. Em segundo lugar pelo método e regras inerentes à sua administração, julgo ser importante existir aconselhamento farmacêutico. Em terceiro lugar e fora já do âmbito de saúde pública mais restrito, existe o efeito causado pelo farmacêutico que poderá combater o facilitismo desmesurado. Pelo seu efeito, pela potência que contém, não deverá ser encarada com demasiada leveza, sendo por isso, apologista da presença obrigatória e efectiva de um técnico nos locais de venda livre, para que a sua comercialização seja possível!