Axónios Gastos - fibras condutoras ou prolongamentos de neurónios que se encontram já consumidos.

quarta-feira, junho 18, 2008

Ordem nas Ordens VI

Durante anos a fio, Portugal limitou fortemente a produção de médicos. Ora quando um bem é escasso já se sabe que se paga mais por ele. E só pode ter sido isso que aconteceu com os médicos: começámos a pagar mais a estes profissionais, tal como estava inocentemente pensado pela Ordem dos Médicos, e atraímos - para bem das nossas necessidades de saúde pública - quem estivesse disposto a trabalhar por cá e em locais maioria das vezes desprezados. Falo, obviamente, de "nuestros hermanos" que se passaram para este lado da fronteira com a bata e o estetoscópio à tiracolo.

Anos passaram, o panorama inverteu-se e espertos são aqueles que andam de um lado para o outro à procura do local onde lhes seja mais proveitoso trabalhar - e não falo só da parte financeira -.

Agora assistimos ao êxodo inverso, isto é, de volta para a sua España estão aqueles que nos poderiam ter preenchido, apenas temporariamente, os nossos buracos e falhas, souberamos nós perceber isso e aproveitar a oportunidade. Mas não! Foi preferível manter o poder de uma intituição que eu, enquanto contribuinte não escolho - e esta parte parece-me crucial! -, e que ao definir quantidades, define também preços, e pior, hipoteca futuros de jovens e do país.

Enquanto tivermos um Estado que para além da excessiva regulamentação governativa tem, ainda, sacristães a ajudarem à festa, nunca, mas nunca, deixaremos de ter estes problemas. Hoje com os médicos, amanhã com os engenheiros, depois com arquitectos e tudo por causa de um Estado dentro de outro Estado!

Sinal de que nada muda para melhor nesta área, é a quantidade de vezes que nos Axónios Gastos escrevi sobre o assunto
|| JMC - João Maria Condeixa, 11:36

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