
Axónios Gastos - fibras condutoras ou prolongamentos de neurónios que se encontram já consumidos.
Em resposta aos comentários a este post:
As razões dizem-se manifestamente outras: se no caso de Vasco Gonçalves era uma loucura ideológica - por mera delicadeza, não lhe chamei só loucura - hoje aquilo a que assistimos nas nacionalizações bancárias que visam aguentar a economia dependentes dos gigantes é uma louca e desesperada fuga para a frente!
Quando era pequeno, sempre sonhei em ter uma mala igual à do Sport Billy. Bem sei que isto de ânsiar por uma pochete, pode parecer mal, pode até colocar em causa parte da minha masculinidade mais marialva, mas, naquele tempo, da mesma forma que me irritava com o TV Rural, sentia-me estranhamente atraído por aquela mala sem fundo, de onde tudo saía.
Hoje, se com dois telemóveis e uma simples carteira, chego a casa com a cabeça prestes a rebentar e uma úlcera no estômago, imagino onde estaria se o desejo se tivesse cumprido!
Quando referi há uns dias que talvez fosse igualmente preocupante mais bancos não irem à falência, referia-me, obviamente, aos custos que estão inerentes à sua sustentação.Primeiro por não saber até quando terei que manter a máquina ligada, depois porque a respiração artificial de uma empresa pode trazer consequências ainda mais desastrosas no futuro, depois porque o Estado - a quem estas instituições recorrem em última análise - não tem nada que andar a pagar os seus compromissos, da mesma forma que não tem nada que pagar os meus, e por último, porque passa um absoluto sentimento de impunidade aos bancos e seguradoras que assim, sempre de costas quentes, não se sentirão responsabilizados a acautelarem o amanhã, tal como faz, e bem, cada um de nós.
Hoje, um daqueles chamados "maluquinhos", agarrado a um dos varões do metro, insistia em rodopiar incansavelmente entre cada estação da linha vermelha e assim que o comboio parava atirava-se porta fora testando o seu estonteante e estonteado equilíbrio!Dei comigo a rir da situação. Praticamente o único a fazê-lo. Tudo o resto estava com pena do pobre infeliz e com um ar sério - que com estas coisas não se brincam! - olhava para o tazmanian devil humano.
Mas eu também não me ria dele. O sorriso era antes produto de uma inveja imensa em não poder fazer o mesmo!

E por muito que isso não seja desejável - pelas implicações que tem - os bancos também são empresas e por muito grandes que sejam, também podem entrar na bancarrota, mesmo se o capitalismo estiver a funcionar em pleno.
E talvez por nunca termos assistido a esse modelo, é que gastamos tanta tinta a tentar explicar um fenómeno, que embora seja duro, nada desejável e com consequências fortíssimas, pode naturalmente acontecer.
Aliás, se pensarmos com calma, talvez seja igualmente preocupante não existirem mais bancos a declararem falência!
Ontem, foi, para mim e para tantos outros, um dia em que a investigação tentou dar mais um passo na obtenção daquelas respostas metafísicas que, para mim e para tantos outros, nos surgem from time to time, mas que estão longe de nos ocupar os dias. Felizmente, também eu penso nas eternas questões " de onde e para onde?" mas, felizmente, faço-o sem que isso me mate o tempo, a mente ou a alegria de viver.Para os que, como eu, pensam nestas perguntas sem sufocantes ânsias, a substituição de Deus pelo Homem não se deu com a aceleração de ontem, nem ficou perto de se dar. Para mim, nem sequer existiu essa intenção. E a haver jamais alcançará os seus objectivos!
Foi, sim, uma extraordinária experiência que eventualmente trará algumas, esperemos muitas, respostas.
Mas para aqueles que desesperadamente buscam, em experiências como as de ontem, essa reivindicação milenar que não nos pertence, deve ser desesperante viver: mesmo que conseguíssemos criar um big-bang que resultasse num Universo paralelo com um planeta Terra igual a este, habitado por pessoas iguais a nós, acabaríamos apenas por ser parte de uma criação infinitamente grande e extraordinariamente ínfima na qual representamos o nosso papel. Nunca iríamos substituir ninguém! Viver nessa ânsia deve ser extremamente frustrante!
Mas haja quem o faça. Desde que não me impeça a mim de dizer também o que penso.
Também publicado no Câmara de Comuns
Qualquer dia faço-o. Um destes dias chamar-me-ão maluco!
Via Blasfémias, descobri que uma nova ordem foi criada, a dos psicólogos. Não se devia era chamar ordem, pois tal como as outras só vem criar - estou seguro - mais um foco de desordem!
E como? Através de mais uma mãozinha reguladora, ordenadora - se me faço entender - que tudo fará para se defender, de uma forma corporativa, de quaisquer ataques que outro agente - também ele ordenador, regulador - conhecido como Ministério, vai alinhavando!
Agora temos Bolonha, mas esta ordem, tal como outras pretensiosamente fazem, só aceita os licenciados pré-processo. Eu pergunto até quando... Vão esperar pelas reformas de todos os que, como eu, tiraram o curso antes da dita mudança?
Aviso-vos que ainda demora. Posso estar careca, mas ainda demora...
Aqui já escrevi muito sobre este tema que infelizmente não se inverte

Todos criticam a postura de Ferreira Leite no seu silêncio sepulcral, mas, verdade seja dita, que Sócrates lhe começa a seguir os passos.
Com o aproximar das eleições, em vésperas de intenso frenesim, tanta acalmia só pode significar que estão a descansar e a juntar uns cobres. É sinal que a festa está prestes a começar! Venha 2009...
PS: Lamento a falta de tempo, mas é bom saber que por aQui me procuram!