Axónios Gastos - fibras condutoras ou prolongamentos de neurónios que se encontram já consumidos.

domingo, abril 29, 2007

É o melhor...é o único!

A propósito disto. Torna-se difícil a adopção de uma postura renascentista, onde a valorização das diversas vertentes do Homem seja feita e onde ninguém lhe limite conhecimento e acção a bem de um perfeccionismo inalcançavel. Chega a ser caricato que vivamos numa era de informação generalizada, acessível a todos, para no fundo nos limitarmos à especificidade de uma profissão balizada por ordens profissionais corporativistas ou Estados inseguros. Nesta perspectiva, a insegurança do Estado deve-se ao facto deste não reconhecer em si a competência para avaliar o cumprimento da regras e regulamentos, preferindo passar a bola para alguém "mais especializado", as ordens! Ora estes, já se sabe, só são especializados na arte de se tornarem especiais. Processo que aumenta a procura e o preço em simultâneo.
Eu, ao contrário da maioria, ainda continuo a acreditar nas vantagens da "banda larga" face à especialização. Quanto mais não seja para realização pessoal, já que outros "artistas" não permitem que vá mais longe! Mas das coisas que mais temo que possa vir a acontecer é que alguém, de tão especializado que venha a ser, se torne no melhor...apenas porque é o único!
|| JMC - João Maria Condeixa, 16:00 || link || (0) Comentários |

Analistas de viabilidade

Sempre que imputo a falta de concorrência às dificuldades tecnológicas, ao investimento inicial pesado, ao difícil e alongado retorno, ao risco ou a problemas de produção ou escoamento, venho a descobrir que não é nada disso: foi apenas o Estado que assim o entendeu!
|| JMC - João Maria Condeixa, 15:19 || link || (0) Comentários |

quinta-feira, abril 26, 2007

Actualizações

A barra lateral foi actualizada. Aproveitei para mudar o link da Atlântico e remodelei umas coisas. Devo dizer que enviei para a secção de AVCs alguns blogues bem antigos sem que o seu encerramento oficial tivesse sido declarado, mas a culpa é dos autores!
|| JMC - João Maria Condeixa, 19:01 || link || (0) Comentários |

quarta-feira, abril 25, 2007

Senhores das liberdades

No “dia da liberdade”, aqueles que se afirmam como os conquistadores deste regime democrático, mas que no seu íntimo ansiaram por outro regime igualmente totalitário ao do Estado Novo, comemoram euforicamente a meta atingida. Comemoram esta liberdade legitimados por uma história enviesada. Comemoram a liberdade atingida, por eles definida, por eles limitada, por eles sonhada, mas nunca construída. Tirando a fase inicial, em que ousaram um golpe felizmente falhado na sua plenitude, pouco ou nada fizeram para que uma verdadeira liberdade fosse criada.


Já todos sabemos que a democracia só é realmente instaurada no 25 de Novembro. Dia esse em que se desfizeram os sonhos daqueles que hoje, de peito inchado, desfilam pelas ruas. Mas essa glória vã, que insistem em reclamar, nunca passou disso mesmo. Até hoje, o projecto apresentado por comunistas, capitães de Abril e outros “heróis” dos cravos que se encontram diluídos por toda a esquerda, incluindo alguns no Partido Socialista, em nada foi promotor da liberdade que lhes enche a boca, os pulmões e a alma.

A justiça social, enquanto pedra basilar da liberdade por eles proclamada, já se viu que não é alcançada pelo projecto que pretendem implantar de um Estado socialista ou de um Estado bolchevique e até nalguns casos, Estalinista declarado.

A democraticidade e aceitação de ideias políticas já se viu que não existe ou não tivéssemos as fabulosas tiradas de Odete Santos nos “Grandes Portugueses” ou este recente episódio com o PNR, para o comprovar. Tudo muito, quase propositadamente, próximo do 25 de Abril, tornando-se fácil para a memória de qualquer um.

Enfim, desde a comunicação social à ASAE, passando pelo SISI ou até aos casos das OPAs, tudo isso são pontos fracos e calcanhares de Aquiles de uma pseudo-liberdade sustentada por esta Constituição da República Portuguesa. Tantas áreas sem liberdade de escolha, tantas áreas de intervenção estatal sobre a iniciativa ou a propriedade privada. Tantas áreas em que a liberdade real é saindo do país, por este não ter mais nada para oferecer. Tantas áreas que podia enumerar onde todos estes criadores da liberdade, que festejam nas praças das cidades deste país, não mexeram uma única palha!

A eles, o meu muito obrigado!

|| JMC - João Maria Condeixa, 19:04 || link || (0) Comentários |

terça-feira, abril 24, 2007

Directo da sala de op...conferências!

Ainda não percebi como é que a equipa médica de Eusébio tem tanto tempo para conferências de imprensa. A cada telejornal, até da SIC Notícias, lá estão eles em directo da sala, não de operações, mas de conferências. Provavelmente, o novíssimo hospital ainda não tem mais clientes. E eu lá tenho de gramar as perguntas básicas e as respectivas respostas muito interessantes.
|| JMC - João Maria Condeixa, 19:12 || link || (0) Comentários |

segunda-feira, abril 23, 2007

Quem tem medo do lobo mau...

Yeltsin protagonizou muito do que a Federação Russa hoje representa. Foi dos poucos, senão o único, a tentar implementar o capitalismo logo após o pensamento comunista. E digo isto sem descurar o esforço de Gorbachev e da sua "perestroika". Não criou um regime de transição como qualquer país mediterrânico seria tentado a fazer e muito embora as suas reformas não tenham sido grandemente frutíferas ou isentas de culpa, certo é que a economia de mercado ou a propriedade privada a ele lhe devem o aparecimento por aquelas bandas. É óbvio que favoreceu o aparecimento de outros problemas, alguns dos quais assustam diariamente Putin. Ao ponto deste diminuir algumas das liberdades conquistadas por Yelstsin para ver se as erradica de vez. Oligarcas poderosos criados por Yeltsin e actualmente muito adversos a Putin podem (e aqui a culpa é de empresários e governantes) colocar em causa muitos dos pilares da democracia algo frágil, típica de um país enorme e recente neste sistema político.

A mim, muito há que me atrai neste país, sobretudo o nível de educação que atingiram e as enormes máquinas de massa cinzenta que produziram. Foi lamentável que não as tenham permitido chegar mais longe, reféns de um regime totalitário adverso à evolução e ao espírito crítico. Que pelo menos a geração que hoje lá vive e que tem a minha idade possa conquistar o equilibrio. Que se abra ainda mais ao exterior. Que aposte em todas as suas potencialidades sem menosprezar ninguém de tão vasto território. Que crie a concorrência necessária para a diminuição da corrupção ao invés de cortar as liberdades noutras áreas.
|| JMC - João Maria Condeixa, 22:45 || link || (0) Comentários |

Quem é quem...

Alguém que tem consigo 75% dos votos de um partido, não o tomou de assalto, não é o velho ciclo, nem sai do processo fragilizado. Alguém que tem 25% dos votos, não deve sair, não deve deixar de trabalhar como fez até agora, nem deve ter mau perder. Quem não tem nenhumas destas percentagens, saiu naquele CN mais atribulado.
|| JMC - João Maria Condeixa, 16:19 || link || (0) Comentários |

Pelos vistos não é só para eles...

...tanto quanto percebi, para a maioria das pessoas, sobretudo bloggers e opinion-makers, o assunto também não é grave!
|| JMC - João Maria Condeixa, 15:20 || link || (0) Comentários |

sábado, abril 21, 2007

The next match!

|| JMC - João Maria Condeixa, 23:10 || link || (0) Comentários |

quinta-feira, abril 19, 2007

Grande sondagem

A sondagem mais actual e que é quase serviço público está no insurgente: "Quem constitui actualmente a maior ameaça à democracia em Portugal?"
|| JMC - João Maria Condeixa, 16:47 || link || (0) Comentários |

Boas notícias

Os agricultores portugueses bem que podiam aproveitar estas notícias para desfazerem um pouco a imagem que têm junto da opinião pública. Portugal é dos países que menos dinheiro irá devolver à Comissão Europeia. O país que mais gastou indevidamente foi a nossa vizinha Espanha, o que a obriga a devolver quase 83 milhões de euros. Nós ficámo-nos pelos 430 mil euros. Resta saber se foi por termos utilizado devidamente o dinheiro ou se foi por não nos termos candidatado a quase nada. Ainda assim, grupos como a CAP deviam explicar estes valores. Até para fazerem esquecer aquela ideia dos jipes e companhia lda.
|| JMC - João Maria Condeixa, 16:05 || link || (0) Comentários |

quarta-feira, abril 18, 2007

Afinal....o quê?

Vital Moreira mostra-se satisfeito com a descida da carga fiscal sobre empresas que decorreu de 2000 a 2007. Não compreende que numa Europa a 25, tal descida não é suficiente para se transformar em mais valia. Por alguma razão, os países que tinham estes impostos mais baixos em toda a Europa, optaram por baixá-los um pouco mais (Irlanda ou República Checa). Talvez por isso tenham captado mais investimento. Portugal não vive no centro da Europa, não tem ainda uma flexibilidade laboral atractiva, não tem sequer a qualificação técnica desejada e muito menos a fama de trabalhadores empenhados, logo tem de encontrar outros métodos. E a carga fiscal poderia ser uma ajuda.
Se somarmos a este cenário uma observação popular que ouvi hoje no fórum TSF e que dizia que "a malta prefere ficar desempregada do que trabalhar nestas condições que ferem a dignidade dos trabalhadores e que são totalmente adversas aos direitos instituídos..." só me ponho a pensar que potencialidade podemos nós projectar para recolher investimento estrageiro?
|| JMC - João Maria Condeixa, 20:08 || link || (0) Comentários |

terça-feira, abril 17, 2007

Razões para estar careca

O meu mail está pejado de fotografias de filhos e filhas de amigos meus. E pelo que sei, muitas mais vêm a caminho. Também vos digo que não esperam pela demora. Um dia desforro-me ou não se servisse fria a vingança!
|| JMC - João Maria Condeixa, 14:43 || link || (3) Comentários |

Um cofre com mil canudos

O ministro Pedro Lynce demitiu-se em resultado de um favorecimento indirecto a uma filha de um colega de Governo. Na altura todos vociferaram num ataque em prol de um Estado honesto e transparente até Lynce cair. Hoje assistimos a um favorecimento bastante mais grave, que até agora não foi clarificado e ao qual se soma a existência de um misterioso cofre blindado, tal caixa de pandora, que irá expôr todos os factos relevantes. No passado, perante factos, a oposição e a comunicação social foram imperdoáveis, pelo que estou para ver agora o comportamento a seguir. Sempre quero ver a reacção quando se abrir o cofre e se descobrir que lá estão mil canudos fabricados para as mais diversas entidades que agora tratamos por doutores e engenheiros.
Entretanto, começo a pensar que o ensino superior tem uma força incontestável no panorama português, quase à semelhança do que se passa nos países africanos com o armamento. Sempre fomos muito empertigados: os nossos obscurantismos tinham de estar ligados a canudos ou não fosse isso mais fino!
|| JMC - João Maria Condeixa, 13:56 || link || (0) Comentários |

Call Al Gore

A polinização das plantas no mundo inteiro está a ser posta em causa pelas radiações dos telemóveis. Já se vê que a União Europeia irá obrigar às operadoras, como a Vodafone, que por cada telemóvel vendido, assegure a polinização in vitro de umas quantas espécies ameaçadas. Wanna bet?
|| JMC - João Maria Condeixa, 12:00 || link || (0) Comentários |

segunda-feira, abril 16, 2007

Na base da Língua Portuguesa

Tenho uma escola primária colada a minha casa. Oiço o professor a dar indicações no recreio. O professor de primária dos miúdos tem sotaque brasileiro.
|| JMC - João Maria Condeixa, 17:10 || link || (1) Comentários |

Raízes do futuro

(Piet Mondrian, 1911)

A minha geração foi trespassada por acções de sensibilização e campanhas sobre a água e sobre as florestas. Ficou na memória de todos aquela música de Joel Branco, "Uma árvore, um amigo", e chegou-se ao ponto de muitos se passarem a reger por um princípio que faria de nós Homens: "Ter um filho, escrever um livro e plantar uma árvore". (a árvore aqui deve ter aparecido para compensar o gasto de papel para o livro)

Hoje essa geração de crianças é já adulta e tem responsabilidades. O resultado? Inúmeros hectares de floresta ardidos, com os picos mais elevados nestes últimos anos. Anos de seca extrema que se tentam solucionar em cima do joelho.
De nada serve sensibilizar se entretanto não se encontrarem soluções no terreno. Politicamente é bonito mostrarmo-nos preocupados com determinado problema, mas o que era perfeito, perfeito, perfeito, era que em simultâneo não se desse o descartar de responsabilidades apenas porque já foi realizada a campanha ou implementado o plano.

Teremos que ter isto presente nas campanhas que agora se promovem. Em tantos problemas como o aborto, como a educação sexual, como o HIV ou o cancro. Na toxicodependência ou nas questões ambientais várias não chega sensibilizar ou esconder a realidade.

É verdade que esconder uma realidade é, politicamente, mais fácil. Suavizar estatísticas é bastante mais cómodo. Colocar pó-de-arroz no país para que ele se mostre mais atraente é, sem dúvida, muito mais apetecível. O problema é que estes métodos têm sido prática corrente, levando-me a duvidar, tal como neste blogue tenho demonstrado, da sustentabilidade das soluções encontradas.

É que só teremos toda a liberdade, se juntos compartilharmos toda a responsabilidade. E só quando atingirmos esta premissa é que todos nós trabalharemos para a durabilidade e para um futuro a garantir. Por isso, este sim, devia ser um pilar da direita liberal. Tudo o resto é fazer "zapping" sobre o amanhã, com a possibilidade de deixar ou colocar uns quantos sentados comodamente no sofá com a lata de cerveja na outra mão!
|| JMC - João Maria Condeixa, 16:07 || link || (0) Comentários |

sexta-feira, abril 13, 2007

rentabilizar estilhaços

Por cada recém-licenciado que o país produz e que não encontra emprego na sua área, estilhaça-se uma granada sobre todos os contribuintes numa série de flancos. Em primeiro lugar, porque pode significar, no nosso caso significa mesmo, que a rede de ensino superior está desadequada em termos de oferta, à procura real, o que revela a falta de eficiência e má gestão de recursos. Em segundo lugar, porque o país ao produzir uma ferramenta que não virá a ser utilizada no que lhe compete, impute sobre si próprio um custo de oportunidade enorme que irá pagar caro e em duplicado:

a) porque o recém-licenciado ocupou um lugar de alguém que poderia vir a trabalhar na área respeitante e servir o propósito que o criou;

b) porque, provavelmente, o recém-licenciado está a ocupar um lugar no mercado de trabalho que "não é o seu" e que poderia servir a alguém com qualificações até inferiores (caso dos técnicos) o que permitiria maior eficiência ao Estado, sobretudo ao nível dos salários.

Mas há no meio deste cenário pessimista uma noção que podemos rentabilizar e que nos pode dar vantagem: é a necessidade da construção de um paradigma que dê uma maior flexibilidade, uma maior rotação e mobilidade no emprego. A geração da carreira acabou. Não há espaço para lançar âncoras e ficar à espera sentado. A versatilidade exige-se, mas para isso tem de existir uma lei laboral que o permita, bem como um Estado que o possibilite e um mercado que o reclame.

Mas sendo que tudo isto não é novidade para ninguém, porque razão andamos parados? É culpa da CRP ou da mentalidade de todos?
|| JMC - João Maria Condeixa, 01:29 || link || (0) Comentários |

quarta-feira, abril 11, 2007

Servindo de ponto

Hoje à noite o país vai ficar agarrado à televisão. Será um excelente momento para as audiências da RTP1. Nada como explorar a prata da casa!
Todos querem ver como Sócrates irá responder à questão do canudo. Todos querem saber se é mentira, se é verdade e como é que tudo se processou. O grande problema e o que me entristece mais, é que nunca tenham feito até agora o mesmo em relação a todas as mentiras anteriormente pregadas. Todas as promessas por cumprir, metas por atingir e cenários inventados. Sobre isso, o cerne da questão para o país, ninguém meteu o dedo, nem ninguém meteu o bisturi.
A culpa deve ser, em parte, da alma de alcoviteiro que caracteriza muitos dos portugueses. Só espero que Judite de Sousa esprema o (eng.) José Sócrates para além da licenciatura e que fale sobre o que importa: os problemas graves do país!
Ah e já agora, que lhe pergunte que engenharias propõe como solução...
|| JMC - João Maria Condeixa, 20:42 || link || (0) Comentários |

terça-feira, abril 10, 2007

Grupo de Arraiolos

Fica bonito. Não ata, nem desata. Dá um status invejável e no fim de contas até permite fingir que vivemos no tempo dos castelos e que mandamos alguma coisa.
Quanto a Sampaio, esse nada inventou. A vila alentejana já há muito que se reúne dessa mesma forma à volta da tapeçaria, falando das coisas mais diversas, sem consequências directas. Cavaco teve tempo suficiente para o estágio. Espero que por lá tenha passado e tenha aprendido o quão bom é falar entre amigos e depois ir até casa descansar.
Até porque é mesmo a única certeza que ele tem. Mesmo que o grupo de Arraiolos lhe tenha servido para, de longe, transmitir a promulgação de uma lei da qual se diz que discorda e tenha evitado maior embaraço.
|| JMC - João Maria Condeixa, 23:30 || link || (0) Comentários |

segunda-feira, abril 09, 2007

Independências

Não deixa de ser caricato que uma Universidade, alegadamente, "Independente" dependa de tantos lobbys, de tantos ministros e políticos e que caia agora na mão de um Ministério para, de forma independente, resolver de uma vez por todas a solução.
|| JMC - João Maria Condeixa, 13:40 || link || (0) Comentários |

quinta-feira, abril 05, 2007

São só dois

Os meus parabéns à Atlântico. Porque serviço público é, sem dúvida, mudar as pessoas, mudar o público! São só dois anos, mas todos esperamos mais. Até porque o efeito, embora já sentido, é a longo prazo.
|| JMC - João Maria Condeixa, 17:30 || link || (0) Comentários |

Umbigocentrismo (2)


|| JMC - João Maria Condeixa, 17:20 || link || (8) Comentários |

Umbigocentrismo


|| JMC - João Maria Condeixa, 17:07 || link || (3) Comentários |

Era uma vez o Espaço

Adolfo tens aqui o que falávamos. Fica em destaque e tudo!
|| JMC - João Maria Condeixa, 17:04 || link || (0) Comentários |

terça-feira, abril 03, 2007

E depois do Vá-Vá

Hoje reparei, vítima do tempo de espera no café, que toda aquela geração do Vá-Vá na Av. de Roma deu origem a uma geração dependente. Dependente não só do Estado, tal como os seus progenitores o reivindicaram, mas dependente a muitos outros níveis. Ficaram amarrados à imagem de "armados ao intelectual" dos seus pais, cujo café prolongado após o almoço e em hora de expediente não dispensam. Ficaram presos ao próprio café (entenda-se estabelecimento comercial com concorrência directa, não assimilada, nem sequer experimentada). Ficaram reféns de uma vida cosmopolita muito típica de Lisboa, onde o ponto alto da convivência social se dá naquele local. E ficaram de tal maneira dependentes, que hoje, esses filhos com 30 e poucos anos, ainda tomam o cafézinho acompanhados pelo pai ou pela mãe antes de partirem para esse local infernal a que chamam emprego. Libertar-se-ão das saias dos seus pais a tempo de se vangloriarem, como fazem hoje os seus progenitores quando falam do pós-25 de Abril?

Não há dúvidas que os cafés podem ser casas de hábitos. Ao ponto de não se perceber que tudo em seu redor mudou!
|| JMC - João Maria Condeixa, 02:13 || link || (0) Comentários |
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