Axónios Gastos - fibras condutoras ou prolongamentos de neurónios que se encontram já consumidos.

domingo, junho 29, 2008

1000º post


Libertando-me de falsas modéstias - até porque só cá vem quem quer e por isso não corro o risco de ter massacrado ninguém de tédio - é com uma ponta de admiração que chego ao milésimo post. Tal meta, nunca pensada no momento da inauguração, reflecte muito assunto teclado e outros tantos por me debruçar. Afinal de contas, 1000 não é assim tanto....
Só lamento que todos os posts não tenham sido acompanhados de fervilhantes comentários, mas aí a culpa é minha: não sou tão liberal como os do Blasfémias; não chego aos calcanhares dos raciocínios, por vezes absurdos, do Daniel Oliveira; não falo de futebol, muito menos de clubes; não sou nenhum geek da informática e a minha authority no technorati passa a vida a descer. Por tudo isto é mais que natural que ninguém perca tempo a comentar.

Ainda assim, deixo a rídicula promessa que, pelo menos, no mínimo, passarei brevemente além mil. Nem que seja por um único e futuro post.

E mais promessas que isto não faço. Ainda me comparavam ao Sócrates!
|| JMC - João Maria Condeixa, 22:34 || link || (1) Comentários |

Mais que um soprar de velas...

...5 anos é muita ventania dada. Apesar de algumas correntes de ar que me deixam com aquelas pontadas de discórdia, a verdade é que na maioria, o Nortadas, continua a dar à blogosfera ventos muito favoráveis. E não são todos que se podem orgulhar de uma vida tão longa! Os meus parabéns!
|| JMC - João Maria Condeixa, 22:21 || link || (0) Comentários |

sexta-feira, junho 27, 2008

Zimba bué Democrático

Carlos, esses de facto não sei, mas já o PCP não me deixa dúvidas absolutamente nenhumas.

Estivesse o PCP no poder e este país rapidamente se tornaria num parceiro de muitos e bons sistemas democráticos que por aí existem mundo fora. Teríamos pequenas parcerias com as FARC e pontes estratégicas com a Venezuela, Cuba e China. Mais, provavelmente, como o "Alentejo ainda será nosso", talvez se estendessem por aí abaixo e fizessem no Zimbabué os celeiros de Portugal, em acordo prévio com Mugabe, claro está!

Custa-me perceber como é que a inteligência de tais deputados é tão facilmente ofuscada pela ideologia política. Ou viver em democracia não é, realmente e para os comunistas portugueses de hoje, uma opção?
Publicado no Câmara de Comuns
|| JMC - João Maria Condeixa, 17:45 || link || (0) Comentários |

quinta-feira, junho 26, 2008

Reunião de José Sócrates com a CAP - versão Gato Fedorento



Para que surta efeito é conveniente ler como se fosse o RAP a imitar o nosso 1º:

- Agora sentas-te aí e não abres mais a boca até acabar de falar com estes Srs, 'tá bem? Lindo menino...

Falando para a CAP e olhando também para Jaime Silva:

- Eu acho que nós temos condições para chegar a um entendimento com os agricultores! É ou não é, zé carlos? Psssstt....Cala-te!

- Congratulo e elogio a CAP pela postura assumida! É ou não é, Zé Carlos? Psssssttt...Cala-te!!

- O meu Ministro às vezes estica-se e por isso eu próprio peço desculpa! É ou não é Zé Carlos? Psssttt...Cala-te! Lindo menino...

Também publicado no Câmara de Comuns

|| JMC - João Maria Condeixa, 22:07 || link || (0) Comentários |

quarta-feira, junho 25, 2008

Agora sim, aguardam-se verdadeiras manifs

Há políticos com uma sensibilidade fora do normal.

De tempos a tempos, temos o prazer de nos divertirmos com as excelentes tiradas do Ministro da Economia, Manuel Pinho, que tutela um Ministério que de nada serve, excepto, para gozo geral, de base de trabalho para o contra-informação e outros parodiantes.

Mas além deste, temos o Ministro da Agricultura que tem tido a capacidade máxima de afrontar tudo e todos com algumas saídas "à Petit", de que nada têm servido, a não ser irritar aqueles que infelizmente dependem, muito ou pouco, não interessa, da sua tutela.

Por muito que o discurso dos agricultores possa cansar - e aqui, depois de termos ouvido que este ano o preço dos cereais os iria beneficiar, até se pode mesmo estranhar - nunca é boa escapatória para a resolução de um problema, chamar facho ou comuna àqueles que se propuseram a negociar antes de qualquer acção contestatária. Milagres assim não terão, certamente...

PS- atenção, os custos de produção para os agricultores estão um exagero, logo, enquanto não tiverem as produções contabilizadas - embora os cálculos apontem já para um resultado pouco positivo - é natural que aguardem com alguma ansiedade e eventual desespero o fim do ano agrícola.

PSII- nas fotos antevê-se uma manif de agricultores no Terreiro do Paço. Como dá para ver, agora que Jaime Silva lhes tirou o retrato, as manifs irão ganhar outro poder!

Também publicado no Câmara de Comuns

|| JMC - João Maria Condeixa, 10:26 || link || (0) Comentários |

terça-feira, junho 24, 2008

Zona Ribeirinha: Desplante Contributivo



Carlos e Rodrigo é por causa deste projecto que estão tão efusivos? Um projecto que, tanto quanto sei - posso estar enganado -, prevê a construção de uma praia com ondas artificiais na zona ribeirinha de Lisboa?

Que o Dubai construa uma pista de ski no meio do deserto, é lá com eles! Têm dinheiro e não têm neve...mas nós, que não temos dinheiro para mandar cantar um cego, mas temos praias por tudo o que é canto, ainda nos damos ao desplante contributivo de pensar numa coisa deste género?!
|| JMC - João Maria Condeixa, 13:59 || link || (0) Comentários |

segunda-feira, junho 23, 2008

No caminho das estrelas



O problema entre o SIM e o Não espalhado pela Europa resulta do simples facto de não sermos todos políticos dessa grande casa. No dia em que todos lá trabalharmos, a Europa talvez fique unanimemente a favor do tratado.

Talvez corra é o risco de, tal autarquia portuguesa, ficar à beira da bancarrota. Mas é esse o caminho que estamos a seguir, não é?
|| JMC - João Maria Condeixa, 10:48 || link || (0) Comentários |

quarta-feira, junho 18, 2008

Ordem nas Ordens VI

Durante anos a fio, Portugal limitou fortemente a produção de médicos. Ora quando um bem é escasso já se sabe que se paga mais por ele. E só pode ter sido isso que aconteceu com os médicos: começámos a pagar mais a estes profissionais, tal como estava inocentemente pensado pela Ordem dos Médicos, e atraímos - para bem das nossas necessidades de saúde pública - quem estivesse disposto a trabalhar por cá e em locais maioria das vezes desprezados. Falo, obviamente, de "nuestros hermanos" que se passaram para este lado da fronteira com a bata e o estetoscópio à tiracolo.

Anos passaram, o panorama inverteu-se e espertos são aqueles que andam de um lado para o outro à procura do local onde lhes seja mais proveitoso trabalhar - e não falo só da parte financeira -.

Agora assistimos ao êxodo inverso, isto é, de volta para a sua España estão aqueles que nos poderiam ter preenchido, apenas temporariamente, os nossos buracos e falhas, souberamos nós perceber isso e aproveitar a oportunidade. Mas não! Foi preferível manter o poder de uma intituição que eu, enquanto contribuinte não escolho - e esta parte parece-me crucial! -, e que ao definir quantidades, define também preços, e pior, hipoteca futuros de jovens e do país.

Enquanto tivermos um Estado que para além da excessiva regulamentação governativa tem, ainda, sacristães a ajudarem à festa, nunca, mas nunca, deixaremos de ter estes problemas. Hoje com os médicos, amanhã com os engenheiros, depois com arquitectos e tudo por causa de um Estado dentro de outro Estado!

Sinal de que nada muda para melhor nesta área, é a quantidade de vezes que nos Axónios Gastos escrevi sobre o assunto
|| JMC - João Maria Condeixa, 11:36 || link || (0) Comentários |

sábado, junho 14, 2008

Da Democracia na Europa


Apesar de ser contra o Tratado de Lisboa, não fui daqueles que se insurgiu por um referendo. Fui, antes, favorável à ratificação pela AR. Posição que pode ser considerada estranha e que muitos não entenderam na altura, mas que parte de duas premissas básicas:

Uma que resulta de me parecer suficiente o caminho até Maastricht, baseado numa mera União Económica, sem outras ambições, intervenções, regulações e modelos que nos tentam impôr hoje em dia e que são a razão das minhas reservas ao actual tratado e ao percurso que pretendem seguir.

A outra tem a ver com a disposição encontrada pela Comissão Europeia em não assumir derrotas ou retrocessos. Nem que para isso tenha de simular a reformulação de um texto vezes sem conta até ser aprovado, como se vê nesta afirmação do Secretário de Estado francês dos Assuntos Europeus:

"Para salvar o Tratado de Lisboa «não há outra solução» senão uma nova votação pelos irlandeses, mas isso depois de uma «adaptação» do texto ao país"

Quando a estratégia de imposição é esta e o entendimento político dos partidos de cada país parece ser o mesmo e quando tudo se faz para distorcer a vontade do povo e a democracia parece viver bem assim, então, o melhor é colocar nas Assembleias o ónus da responsabilidade. Pode ser que assim, no futuro, seja mais fácil voltar atrás .

|| JMC - João Maria Condeixa, 20:32 || link || (0) Comentários |

sábado, junho 07, 2008

Uma espécie de Stockholm Syndrome

Chegada em cima da hora para a compra de um bilhete há muito aguardado. Paragem obrigatória pelo mercado negro e por uma multa de estacionamento que, infelizmente, me assentou que nem uma luva, embora tenha encarecido a noite.

Corrida até à porta, ao ritmo de "Knights of Cydonia" e uma vontade crescente de perceber se aquelas 3 pessoas tinham o mesmo poder que em estúdio. E não é que têm?!!

Recinto apinhado de gente e Matthew Bellamy num dos seus falsetes electrizantes, e sem falhar um acorde da música que fosse, ia dando o corpo ao manifesto e puxando por Lisboa. Foi assim a minha entrada.

No fim, ficou a vontade de mais. Soube a pouco, a muito pouco. Por mim tinham fechado o Rock in Rio muito melhor que LP, com mais legitimidade para o fazerem, e até tinham continuado a tocar pela noite dentro. Isto por mim...

Ficou uma certeza: nada do que se houve em CD é plástico. Tudo conseguem repetir ao vivo!

|| JMC - João Maria Condeixa, 22:14 || link || (4) Comentários |
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