Axónios Gastos - fibras condutoras ou prolongamentos de neurónios que se encontram já consumidos.
quarta-feira, junho 27, 2007
Eu quero impostos só meus!
Amanhã, enquanto jovem que dizem que sou e que eu próprio, contrariando as minhas entradas, admito convictamente ser, estarei presente na Assembleia da República para discutir o futuro da Europa. Pretendo ver discutida a mobilidade, o tratado, a presidência portuguesa e as chachadas do costume, mas, não sei se resultante do momento que vivemos, aquilo que mais quero ver focado é o futuro da política fiscal na Europa a 27.
Só concebo competitividade a uma escala global, se existir competitividade interna entre os 27 países-membros. Uma competitividade que espevite um espírito arisco e ele próprio desejoso de concorrência. Algo que instigue a vontade de ir à luta.
No dia em que a política fiscal de cada Estado for decidida por Bruxelas deixaremos de ter uma Europa forte. A distância entre a UE e a sociedade aumentará, as taxas serão mais e mais perversas, pois o julgamento pelos votos nunca será tão directo, a mais valia das características de cada país esbater-se-á e deixarão de ser necessárias estratégias de vivência mercantil.
Quero que cada país reaja a cada obstáculo que encontre. Que encontre soluções diferentes. Caminhos alternativos. Mesmo tendo a desgraça de política fiscal do nosso país, prefiro este modelo. Quanto mais não seja, por me sentir com mais capacidade de a fazer mudar.
Todos juntos e iguais seremos mais, mas não seremos melhores!
|| JMC - João Maria Condeixa, 23:38
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terça-feira, junho 26, 2007
Estado da Cultura
Ainda agora à tarde, assisti, num painel sobre "Cultura, Estado e a cidade", à defesa da extinção do Ministério da Cultura por António Gomes de Pinho da Fundação de Serralves. Só em despesas do seu próprio funcionamento a máquina devora 50% do montante orçamental destinado à Cultura. Pelos vistos a Cultura, considerada por muitos o parente pobre do orçamento, também é um parente esbanjador. Mas isso é mal de família, arriscaria dizer.
Não entendo, independentemente da visão que têm do apoio à cultura, com mais ou menos Estado, aqueles que compactuam com este cenário nada eficiente. Eu ainda sou do tempo em que tudo cabia numa Secretaria de Estado. E chegava-me uma que apenas servisse de ligação entre os Ministérios que, directa ou indirectamente, se relacionem com as áreas da Cultura. Todas as restantes responsabilidades passariam para o plano da autonomia.
E a propósito de autonomia: como é que é possível que os mecenas permitam que os montantes cedidos sejam canalizados primeiro à tutela, para só depois retornarem aos objectos do apoio? É isto que acontece no Museu Nacional de Arte Antiga e eu duvido que parte do valor que vai e que vem não se perca pelo caminho. Enquanto for esta a visão de autonomia, estamos mal. Muito mal!
|| JMC - João Maria Condeixa, 18:54
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segunda-feira, junho 25, 2007
Só meter água..
|| JMC - João Maria Condeixa, 23:07
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quinta-feira, junho 21, 2007
O que resta da Esquerda?
"Desde Fevereiro de 2005 que a rotina manda discutir sobretudo a “crise da direita”. Sempre achei imensa graça àqueles que diagnosticam uma crise à direita porque o governo do PS lhe teria roubado as “bandeiras”. Mas se os líderes do maior partido de esquerda precisam de roubar bandeiras ao adversário, quem é que está mesmo em crise? De facto, José Sócrates não roubou ninguém. Limita-se a fazer o necessário para dar mais uns anos de vida ao Estado Social. Como não é possível subir mais os impostos, baixa as prestações. Sócrates limitou-se a tropeçar numa velha verdade socialista: o empobrecimento é o preço do domínio do Estado sobre a vida de cada um.
[...]
É curioso. No século XIX, era ao contrário: era à direita que mais gente detestava a América (isto é, a democracia), e temia o princípio da liberdade e responsabilidade individuais. Quando se diz que a esquerda precisa de mudar, esquece-se isto: uma parte demasiado grande da esquerda mudou, mudou mesmo muito. É essa mudança que faz com que, à esquerda, uns olhem para o mundo como para um labirinto incompreensível, e outros sejam acusados de traição quando dão sinais de não estarem completamente perdidos. "
|| JMC - João Maria Condeixa, 17:14
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Sete pecados políticos
|| JMC - João Maria Condeixa, 02:26
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Para quebra-cabeças não costumo usar a Ota
Para aqueles que lamentam a minha falta de comparência deixo
aqui isto para se irem entretendo enquanto o país não me dá sumo para eu escrever com mais gosto. E também aproveito para pedir desculpa por ser o único português a não saber discutir a Ota!
|| JMC - João Maria Condeixa, 02:17
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sábado, junho 16, 2007
Vemo-nos Segunda
|| JMC - João Maria Condeixa, 02:29
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quinta-feira, junho 14, 2007
À descoberta de Chambao
|| JMC - João Maria Condeixa, 20:07
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quarta-feira, junho 13, 2007
A propósito de correntes (3)
Ainda sobre as correntes que existiram na fundação do CDS-PP e os pontos de contacto entre si que ainda hoje estão presentes.
Tal como disse
aqui em qualquer um dos três pilares sempre se assumiu a liberdade da pessoa humana, a sua singularidade e expressão própria. É já um primeiro denominador comum. E nunca essa liberdade foi confundida com anarquia ou libertarianismo. Isto porque a grande diferença entre as três principais correntes não é a concepção de liberdade, mas sim o grau de relação desta com o Estado: eu, longe de Rousseau, não defendo o Homem bom. Reconheço-lhe a maldade inata, o egoísmo económico e a perversidade, arriscaria, quase intrínseca a esta era. Logo, ao pensar num Homem com estas características e ao pensar num Estado onde ele é partícula constituinte, não me apraz dar a este último inúmeros poderes na definição de uma sociedade.
Se o Homem é assim, então não existem razões para apoiar, sob a capa da autoridade do Estado, alguém que condicione o seu semelhante e a sua liberdade. Mais, um Estado assim, como o actual, enquanto detentor do juízo entre o bem e o mal e consequente missionário da bondade, uma espécie de Leviatã (e agora corro o risco de colocar Hobbes às voltas no caixão) só pode ser assim visto por Rousseau, pelos apologistas do Homem bom e logicamente pelos socialistas. Talvez por isso o Estado lhes diga tanto e a mim cada vez menos.
E nesses graus de relação da liberdade individual com o Estado os três pilares que compõem o CDS-PP apresentam três diferentes e igualmente válidas e legítimas alternativas. A Democracia-Cristã, tal como aqui já disse, ainda confia numa espécie de Leviatã, uma autoridade estatal presente, para alguns forte, que à luz da DSI, consegue construir pontes importantes com a Igreja. Para a DC, é a mesma Doutrina Social da Igreja a apresentar parte das soluções para os problemas sociais de um país, parte do receituário, onde o agente é que muda e é assumido pelo Estado. A postura de uma corrente liberal é simples e directa: o Leviatã há muito devia ter sido arpoado!
|| JMC - João Maria Condeixa, 22:52
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terça-feira, junho 12, 2007
Prepotência - parte 2
Ambrogio Lorenzetti (c. 1290-c. 1348). Alegoria do Mau Governo (c.1337-1340) — detalhe (c. 1337-1340). Depois do célebre caso do contador de piadas que foi afastado por um delator e uma directora regional de educação nada facciosa, vem à luz da ribalta a sequela do estrondoso
"Prepotência". Desta vez o herói, Ministério da Educação (representado pela fantástica Maria de Lurdes Rodrigues),
enfrenta um bando de perigosos e rebeldes matemáticos que ousaram discordar de um comunicado! Uma deliciosa trama de intriga e “suspense” que nos levará até aos corredores da tirania e desvendará a misteriosa seita das ciências exactas!
Agora a sério, independentemente de quem tem razão no comunicado, a arrogância e a prepotência começam a marcar inquestionavelmente este governo. Não tarda não posso perguntar sequer pelas mentiras eleitorais!
|| JMC - João Maria Condeixa, 18:14
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segunda-feira, junho 11, 2007
A propósito de correntes (2)
O liberalismo e a democracia cristã, ao contrário do que muitos possam pensar e afirmar, partilham pontos de contacto. Uns mais pragmáticos, outros mais filosóficos e ideológicos. O personalismo será um desses pontos de contacto. Este movimento humanista, perfilhado em parte pela DC, também defende a liberdade do indivíduo, o seu poder criativo, a sua singularidade e responsabilidade. Só que, em certos momentos e na "justa" medida, a DC prefere que seja o Estado a dar parte dessa liberdade e a assumir parte dessa responsabilidade. E é aí que difere do Liberalismo.
Para o Liberalismo essa postura intermediária não se supõe existir. O grau de liberdade será directamente proporcional e recíproco ao da responsabilidade. E é esta equação fundamental que servirá para reger a economia, bem como a componente social. É este o cânone de uma agenda liberal, sem causas fracturantes ou imposições modais. É este o cânone que se quer num Estado, nada mais!
|| JMC - João Maria Condeixa, 23:58
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A propósito de correntes
Quando era mais novo tinha um tinha uma lata gigante para guardar os meus Legos. Era viciado, confesso. Dentro da lata tinha as peças todas desagregadas e misturadas. As cores estavam todas misturadas. Peças Azuis misturadas com Amarelas, Verdes, Encarnadas, Brancas e Pretas. Imperava a entropia das cores. Quando tombava a lata para principiar qualquer construção via todas as peças que tinha. Se quisesse construir uma fortaleza precisava de peças cinzentas ou castanhas, mas a Lego nunca apostou nesses tons, pelo que, em vez construir as paredes segundos os padrões cabo-verdianos (com as cores misturadas aleatoriamente), optava por formar paredes, cada uma de sua cor. Ficava com uma parede toda Azul, outra toda Amarela e por aí adiante. Deixava de reinar a entropia, passava a reinar o agrupamento de cores que eu definia para cada parede. Mas as peças eram as mesmas. Em quantidade igual à inicial e com o mesmo propósito comum entre si: erguer a fortaleza!
O mesmo se passa no CDS-PP. As correntes e as pessoas que as constituem sempre estiveram no partido. Sempre existiram peças Conservadoras, Democratas-Cristãs e Liberais. E mesmo dentro destes três pilares fundadores do CDS-PP, havia quem fosse mais conservador dentro dos Conservadores ou Liberal dentro dos Liberais. A identidade do partido manteve-se. Apenas o modo de organização mudou. Uma organização que permite agora que cada corrente proponha uma solução para o país e para cada situação em concreto. Uma organização que permite levar essas diferentes soluções a debate. Sem que nenhuma corrente condicione um todo e muito menos descaracterize o todo.
|| JMC - João Maria Condeixa, 22:26
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Vamos finalmente ver Alcochete
Começo a duvidar da minha pertinência blogosférica. São vários os dias em que nada muda e me farto de dar ao litro por estas paragens. Outros há, infelizmente não tantos quanto desejava, em que nada escrevo ou faço e o rumo das decisões políticas seguem ao encontro do que penso.
Há três meses que Sócrates conhecia o estudo da CIP. Durante esse tempo, foram vários os kbytes de discussão por estas paragens. A teimosia do senhor deu tempo para a edição de livros, para incontáveis artigos nos jornais, para três prós & contras e para, pelo menos, 10 milhões de posts sobre o assunto. Sim, 10 milhões, não há um português que não tenha escrito ou falado sobre o assunto.
Mas o problema não é a discussão, quem me dera que fosse sempre assim. O problema foi que durante estes três meses (para não falar de anos) só se discutiu a OTA, poucas alternativas foram lançadas e nenhumas hipóteses a outros locais foram sequer equacionadas. Agora com este recuo do governo, que apesar de bastante tardio, é de saudar, vamos começar tudo de novo. E tudo de novo significa, mais dinheiro, menos tempo, mais trapalhadas e aumento da pressão para más decisões! Felizmente
esta não foi uma delas...
|| JMC - João Maria Condeixa, 18:29
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sexta-feira, junho 08, 2007
Lago dos cisnes
|| JMC - João Maria Condeixa, 16:39
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terça-feira, junho 05, 2007
Otites (inflamação na Ota)
Ontem apanhei o fim do Prós & Contras. Confesso que não estava especialmente expectante pelas conclusões do programa, pois já calculava que se tivesse debatido desde o início o sexo dos anjos.
Ainda assim, nesta discussão sobre o aeroporto, mais do que ouvir políticos, sinto a necessidade de ouvir técnicos e especialistas. Sinto eu e seguramente uma boa fatia do país. Vai daí e debrucei-me sobre a televisão. Levanto o som e vejo uma imagem da Ota, cortesia do Google. Perante a imagem, um dos lados diz que ali só há eucaliptos, do outro lado oiço dizer que é mentira e que não há eucaliptos. Há casas e montado de sobro. Mudo de canal.
Se nem quanto ao que lá existe chegam a um consenso, dificilmente chegarão quanto ao que querem que venha a existir!
|| JMC - João Maria Condeixa, 15:54
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Sugestão do dia
Para que serve a Ala Liberal
[1] [2] [3] por
AMNP.S. - A sugestão do dia é de quem não teve tempo para mais. Mas amanhã é outro dia!
|| JMC - João Maria Condeixa, 00:19
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sábado, junho 02, 2007
Campeões do desperdício
|| JMC - João Maria Condeixa, 19:25
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Convenção do berloque
A Convenção do Bloco não é virtual. Existe e está a ser
acompanhada pelo 31.
|| JMC - João Maria Condeixa, 15:01
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sexta-feira, junho 01, 2007
O Zé faz falta a quem?
Depois de parar para pensar sobre os cartazes do BE (até parecem mais do BES) cheguei à seguinte conclusão:
"O Zé faz falta" ao MEC porque, tal como ele, se habituou a dizer mal de tudo e de todos. A diferença está que o segundo tem piada e não custa dinheiro ao país!
"O Zé faz falta" ao GRT (Gonçalo Ribeiro Telles) pois este deixou de fazer falta ao MPT. Quantos partidos terão sido abandonados por GRT durante uma corrida eleitoral? PPM e MPT são todos postos de parte perante a magnífica veia urbanístico-embargadora de Sá Fernandes!
"O Zé faz falta" à CFA (Clara Ferreira Alves) e aqui, depois de muito pensar, não consegui chegar a nenhuma conclusão plausível!
"O Zé faz falta" para os fait-divers, para uma CML cheia de intrigas e para uma agenda repleta de obstáculos. O Zé não faz falta ao Zé do Talho, ao Zé da Mercearia, ao Zé Taxista, ao Zé da bomba, à Zé florista, nem à Zé Peixeira. O Zé não faz falta a Lisboa!
|| JMC - João Maria Condeixa, 16:22
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