Num primeiro momento, já não seria mau ver o Estado a encontrar um novo modelo de ensino que lhe permitisse diminuir os encargos de forma a não ter que penalizar tanto os contribuintes. Pois se os colégios privados conseguem sobreviver com receitas menores, cada escola pública com mais autonomia para se gerir a ela, poderia obter o mesmo retorno social que agora, mas sem custos tão elevados. Era um bom primeiro passo. A seguir vinha o resto...
40 mil anos de prisão foi a pena aplicada aos principais responsáveis, dentro dos identificados, claro está, pelo 11 de Março em Espanha. Não sendo jurista, não sei se tal pena é possível em Portugal, mas julgo que não. Assim sendo, pergunto a alguém por essa blogosfera, até que ponto pode ser Portugal um destino exótico e apetecível, do ponto de vista penal, para a prática destes crimes?
Bem sei que o impacto de um atentado não é tão grande, pelo que a probabilidade de acontecer na nossa vizinha Espanha é maior, mas ainda assim, caso o terrorismo venha a atravessar uma crise de vocação, corremos o risco de sermos escolhidos pelo simples facto de não os retermos durante tanto tempo?
Para quem quiser desvendar os mistérios da última ceia, isto partindo do pressuposto que eles existem, ou apenas para quem quiser, como eu, dar uma volta pormenorizada à obra de Leonardo da Vinci, aqui fica o link: Haltadefenizione.com P.S. Esperem um segundos para que a definição seja actualizada. Vale a pena, são só 16 biliões de pixeis!
Com esta Ministra da Educação que propõe este novo regime de faltas, perdão, de presenças, só posso contar com o aumento da escolaridade mínima obrigatória para breve. É com toda a certeza o próximo passo a tentar ser dado, se até lá Maria de Lurdes Rodrigues não saltar fora do elenco governativo. E a este propósito relembro que a presidência acaba em Dezembro.
Mas voltando ao que interessa, a verdade é que este governo, apologista de colocar pó-de-arroz em tudo o que é estatística que represente a realidade portuguesa, prefere construir um caminho que permita uma escolaridade obrigatória até ao 12º do que pôr as pessoas a saber ler, escrever e a fazer contas . A eles não lhes interessa como lá chegam, nem em que estado chegam, desde que cheguem. Esta Ministra deve ter aprendido na pré-primária a pintar tudo de cor-de-rosa! Não vive nesse mundo, mas faz por isso...
Já era tempo de incluir novidades na barra da direita. Entre esquerda e direita havia uns quantos blogues que estavam em falta. Resolve-se parte com esta actualização. Como diz a tmn, até já.
Tenho alguma dificuldade em encarar um drogado como um doente, mesmo que a definição da Organização Mundial de Saúde assim permita o seu enquadramento. E muito embora o seu comportamento numa fase mais avançada seja totalmente marcado por uma incapacidade de responder correctamente à ameaça, ao mal que o afecta, a verdade é que foi a sua escolha que o colocou nesse infeliz emaranhado. Não há portanto semelhanças entre o seu estado e o de alguém que ficou à mercê de um qualquer vírus ou até de uma depressão. E com isto não quero dizer que haja razão, por si só, suficiente para modificar a postura perante o o combate ou o tratamento, mas já é bom perceber que não estou sozinho nesta ideia. O nosso João Pereira Coutinho pensa o mesmo e um tal de Theodore Dalrymple, pseudónimo do médico inglês Anthony Daniels, autor do ensaio "Junk Medicine: Doctors, Lies and the Addiction Bureaucracy", acompanha-o. Fico mais descansado.
De que é feita a coragem? De que formas reage ela às diferentes situações e aos diferentes desafios que se lhe colocam? Será que se aguenta nas descidas vertiginosas desta montanha russa apenas porque antevê uma subida bem mais pacífica? E qual a distância mínima legal, no espaço e no tempo, que nos permite manter uma ligação estreita à terra natal? E pelo que esperas para ires?!
Os apologistas e acérrimos defensores da universalidade e igualdade na educação são os primeiros a criar o maior gap social, pois se a autonomia e a possibilidade de escolha existisse e se o fosso entre o privado e o público não fosse tão largo, aqueles que amanhã vão sair do sistema de ensino teriam as mesmas oportunidades.
Assim, aqueles que usam bibes e uniformes são os primeiros a mostrarem-se mais capazes de vencer no mundo das diferenças, o que não deixa de ser irónico!
Quem me conhece sabe que não sou um fanático-doentio pela prestação da escola privada e que reconheço algumas qualidades na escola pública. Talvez por isso, talvez por lhe querer dar alguma oportunidade, seja apologista da criação de um projecto autónomo de valorização do estabelecimento escolar, em que, fugindo da formatação estatal e apostando numa mais valia concreta, uma escola pudesse ser uma justa concorrente com qualquer outra, fosse pública ou privada, possibilitando ao mesmo tempo uma opção e alternativa consciente a quem a frequentasse.
No fundo, se o Estado apostasse na diferenciação, talvez no fim do túnel a igualdade fosse maior!
O crava-moedinhas-toxicodependente-arrumador-de-carros-quando-lhe-apetece que me costuma abordar à saída do meu prédio e que eu uma ou duas vezes por mês lá acabo por contribuir para a sua desgraça, teve o desplante de, à minha frente, se virar para um seu colega de profissão que lhe cravava qualquer coisa e dizer: "Eu não sustento vícios!" E não é que ele tem razão?
Não toco piano, não toco violino, nem violoncelo. O máximo que consigo fazer é tocar as dunas numa viola, os martelinhos e mais duas ou três musiquetas num qualquer piano que invejo ter e ouvir Paganini no meu iPod. Mas mesmo não tocando, não há semana que passe sem que a estes 3 instrumentos eu não recorra para manter o mínimo da minha sanidade mental. Pode-se dizer que são o meu Prozac. Tudo isto serve para justificar este vídeo que no You Tube encontrei:
Quando era mais novo lembro-me de ouvir a minha mãe dizer que os presentes comprados para os filhos pelos pais separados serviam para compensar a falta de atenção ou para se redimirem de algumas culpas que sentissem. Lembro-me que isso não era suficiente para apagar uma certa inveja pelos mega-presentes que os via abrir. Hoje em dia, já a percebo. E de certa maneira é isso que o CDS acabou por propôr com as tais multas: um descargo de consciência à distância de qualquer carteira.
A proposta, já apresentada pelo PS, que defende que qualquer aluno que ultrapasse o limite de faltas, justificadas e injustificadas, seja sujeito a uma teste de avaliação que lhe permite transitar de ano, mesmo que a nota não seja positiva, é de si má. Peca por falta de exigência, defeito do eduquês e da cultura facilitista do PS que já não nos devia espantar. Mas combater essa postura também não se faz através da responsabilização financeira dos encarregados de educação como é sugerido pelo CDS. Os encarregados de educação, mas sobretudo o aluno, precisam de sentir a utilidade da escola e da aprendizagem, para que a vontade de frequência seja natural e desejada pelos próprios. É nesse sentido, de se valorizar e mostrar as potencialidades que pode vir a oferecer, que a escola tem de evoluir. Até porque o estudante que falte e que por isso reprova, já estará a pagar um preço que só mais tarde sentirá e que seguramente será mais pesado que alguns euros que o impossibilitarão de comprar um par de ténis com rodinhas e luzes fluorescentes. Para além disso pagar com moedas os pecados cometidos ou receber indultos de bulas papais pela construção de uma nova igreja, nunca foi método que me tenha despertado especial simpatia.
Até concordo com Vital Moreira neste post. A pergunta é que não devia ser a que ele enuncia, mas sim, se não era já tempo de deixar de brincar aos hipócritas que se fingem interessar pela opinião do povo aquando da construção do tratado!
A maior conquista deste tratado é fazer com que a União Europeia se possa voltar a debruçar com afinco sobre as questões realmente importantes, nomeadamente, as económicas. E isto não é conseguido pelas linhas que lá estão, que eu, como tantos outros, desconheço. É feito pela vontade política daqueles que cismaram em querer construir um problema e do tentar resolver quando na verdade, todas as linhas que escreveram como solução já existia na prática, melhor ou pior. E mais uma vez aqueles que sentem o texto no dia-a-dia não o irão saber ler, nem sequer irão tentar, mas que é porreiro, é!
O modelo de participação da juventude no mundo político através do movimento associativo tal como o José Pacheco Pereira o conheceu foi descredibilizado e entrou em crise. As juventudes partidárias, ou como JPP as considera, pequenos guetos da juventude, sucederam-se às associações estudantis, mas também elas, muito à custa da imagem dos partidos, acabam hoje por não conseguir atrair convenientemente a juventude. A internet, os fóruns, os blogues, os "think-tanks" afiguram-se como a vanguarda para a participação política nas camadas mais jovens. Mas os "think-tanks" são muito parados para esta geração que nasce hoje para a política e os blogues talvez pouco consequentes para quem ainda está no seu arranque e se quer fazer ouvir. Uma coisa é certa, a inovação será feita de raíz por aqueles que hoje se mostram mais desinteressados pela política. Serão eles a encontrar um novo modelo mais tarde ou mais cedo, pois viver sem política geração nenhuma consegue. Quanto aos que já cá estão, podem e devem ir fazendo remodelações, tentando inovar e criar o seu espaço de atracção, mas vai chegar o dia em que nada disso será suficiente!
Mais um fim de semana, mais uma deslocação. Desta feita uma ida a Penafiel para mais uma edição das Universidades da Juventude Popular. Irei sobretudo para ouvir os vários intervenientes dos vários painéis, que são, como se pode ver no programa atrás linkado, bem mais experientes sobre estes temas do que eu. No entanto cabe-me a difícil tarefa de falar sobre o papel do Estado nas sociedades. Numa postura mais liberal, mais solta de intervencionismos, irei apresentar as minhas ideias e o modelo que julgo ser não tão conducente à servidão que Hayek nos fala. Veremos se estarei à altura e que discussão se irá gerar. Até domingo.
Sem dificuldades de maior avisto um lugar no meio de tantos outros carros. Sem dificuldades de maior estaciono o meu sob o olhar pedrado de um arrumador. Nada fez em meu auxílio, não precisava de fazer e muito sinceramente nada queria que ele fizesse, até porque o lugar era de parquímetro e com extrema facilidade enfiava lá o meu bólide! Assim fiz. Saio e logo de imediato sou abordado para uma moedinha! Como já tinha de pagar à EMEL os cêntimos devidos, mandei o arrumador dar uma volta. Por tal gesto fui acusado pelo próprio de ter má vontade. E é verdade: tenho má vontade em ser taxado duplamente! Quem não tem? Pena que o Estado faça o mesmo e sejam tão poucos aqueles que o mandam dar uma volta!
Fui convidado para estar ontem presente no 25º aniversário da ESU (European Students' Union), ex-ESIB. Já desligado do meio associativo, dei por mim a pensar se hoje em dia teria paciência para ainda mastigar alguns dos mesmos chavões. É pena que dentro de novos temas, novas ideias, novas necessidades e novos projectos continuem a aparecer registos antigos. Mas enfim, isso também faz parte. Eu é que provavelmente já não teria a mesma paciência. Ainda assim, o simples facto de uma organização europeia como esta, que representa estudantes de 36 países, não ter fronteiras ideológicas faz com que qualquer encontro seja muito mais curioso e a vontade de estar presente muito maior.
É que se a troca de experiências entre diferentes culturas já é uma aliciante, o intercâmbio de posições entre dirigentes com diferentes posicionamentos políticos mais sal traz à festa! A maioria dos leitores deste blogue conhece as minhas posições sobre diversos temas, onde se inclui a educação, pelo que compartilhar a mesma sala ou até mesa (embora não tenha sido o caso em concreto) com uma das responsáveis pela ocupação dos edifícios na Dinamarca, pode causar alguma estranheza. Mas a verdade é que este tipo de situações se dá e com uma enorme regularidade. Talvez por isso, talvez por essa mais valia, 25 anos seja pouco significativo na vida útil desta organização. Estou seguro de que muitos mais virão, só espero estar novamente presente!
Bem sei que o dia de anos já fechou, mas este blogue sempre viveu com um desfasamento de quase 24 horas. É o mal de quem tem por hábito escrever ao fim do dia ou mesmo quando a noite já vai longa. Com estes três anos de vida chegamos quase aos 800 posts publicados, o que só é possível, admito, caso a actividade blogosférica se tenha tornado um vício. Admito que sim.
Mas pelo que aprendo, pelo que leio e pelo que vou, inclusive, evoluindo em termos de escrita, acho que já vale a pena. Será provavelmente a forma mais saudável de ir oleando raciocínios e a sua respectiva passagem para o papel, mesmo que digital. Com isto não quero dizer que me tenha transformado num erudito domador da pena, não. Apenas me limito a dizer que a ferrugem não tomou conta de mim, nem dos meus dedos, nem desta casa.
Quanto aos que diariamente aqui vão entrando, o meu muito obrigado. Aos que me vão linkando nos seus blogues ou me vão receitando como indicação (seguramente placebo) para alguns males, também a eles o meu muito obrigado. Até já.
Por incrível que pareça, não consegui ser o primeiro a dar os parabéns ao meu próprio blogue. Aos intrépidos aventureiros que o fizeram antes de mim eu limito-me a...agradecer, pois o meu mau feitio (ou a falta dele) não me permite fazer outra coisa, senão isso. Gostaria de ter sido o primeiro, mas que se lixe! Antes assim. Obrigado!
Há dois anos atrás, neste mesmo dia, olhava para o contador e via que tinha atingido os 30000, hoje, com apenas mais um ano em cima do conta-visitas vejo que este blogue duplicou as suas entradas, ultrapassando os 66000. É claro que há por aí uns cavalos de corrida que me ultrapassam a grande velocidade, mas já fico contente com esta prestação, embora confesse a vontade de criar um pouco mais de pulmão para tentar uns sprints no futuro.
Mas o futuro não se sabe como será. Nunca tanto como agora vivi o "Sease the day", o "carpe diem". Devo aliás confessar que é lógica de vida que me causa alguma, para não dizer muita, confusão. Sempre me preferi reger com horizontes esboçados e minimamente planeados. Mas o blogue não, pelo que não antevejo o seu fim (ou não)! On verá...por agora são três anos! Muito obrigado
Já não devem existir guerras espalhadas por esse mundo fora. Já não devem existir povos oprimidos, nem 840 milhões de pessoas a morrer à fome. As fronteiras já devem estar todas imutáveis e os direitos humanos a ser totalmente respeitados. Só pode ser isso, porque a cada ano que passa menos associo o Nobel da Paz ao seu objectivo. Não querendo com isto desprestigiar o trabalho destes dois últimos laureados (Muhammad Yunus e Al Gore), nem sequer questionar a razão de o terem recebido, a verdade é que sinto as suas missões ligeiramente desajustadas ao prémio, ou vice-versa, não sei. É óbvio que indirectamente contribuem para a paz no mundo. E que para além disso, Al Gore, em concreto, foca um tema que será uma das maiores ameaças à estabilidade mundial, como tão temorosamente nos querem fazer crer. Mas ainda assim, continuo a achar que o mundo vai precisando de heróis. Não de tecnocratas, de políticos, nem de economistas, mas de simples heróis. Heróis que no terreno tenham salvo isto ou aquilo, esse ou aquele e que sendo um exemplo mais palpável, mais humano, romântico até, possam melhorar um ponto no globo de cada vez. E sem que isso seja discutível!
A novela da RTP tem dado panos para mangas. Tanto, que alguns episódios têm sido, convenientemente para alguns, esquecidos. Mas os blogues vão existindo para pôr os dedos na ferida, como faz aqui o PPM (Quem quer tramar esta administração da RTP? I e II).
Este post aqui da casa foi lançado hoje no Público. Diz que é uma espécie de resposta à Fernanda Câncio sobre os casos de vandalismo a que temos assistido.
O meu maior medo da governação socialista, aquele que referia no post anterior, é provado todos os dias. Veja-se o que aconteceu agora na Covilhã. Depois de ter vindo ontem do programa Prós & Contras perfeitamente consciente da inabilidade do Ministro Rui Pereira, vejo que a prepotência que Sócrates apresenta em várias frentes resulta de dois factores: da inevitável falta de confiança nalguns Ministros e da consequente pretensão de querer para ele o poder que lhes teme dar.
Sócrates disse sobre os sindicatos aquilo que muitos pensavam sobre eles. Aquilo que muitos sabem sobre eles. Mas disse-o porque pode. Porque se sente de costas quentes, com uma comunicação social minimamente controlada, com um PSD moribundo, isto é, sem um partido de oposição alternativo para 2009 e com uma população totalmente desinteressada sobre os destinos do país. Este é o meu maior medo: Sócrates, em vez de aproveitar esta margem que tem para fazer reformas que o país realmente precisa, opta pela arrogância de quem não as fazendo, prefere mostrar-se maior e aumentar a sua autoridade e a autoridade do Estado.
Está visto que o terrorismo, ocupismo ou anarquismo (chamem-lhe o que quiserem) europeu está completamente em voga. Arriscava, inclusive, dizer que tem a pretensão de se tornar um desporto olímpico, tal é o número de praticantes que tem arregimentado. Mas ao contrário do que a Fernanda Câncio tenta colar neste lado da barricada, eu não sei se este tipo de comportamento está totalmente escrito no código genético da esquerda, até porque acho que acima de tudo este "exercício de cidadania" está escrito , sim, no reduzido quociente de inteligência da pessoa que o pratica. Daí que a invasão de um prédio na Dinamarca, ou a pintura de um cemitério judaico em Portugal, mais do que quaisquer comentários ideológicos, merece-me críticas acérrimas à idiotice praticada. Já quanto ao facto de a esquerda ser mais adepta deste interessante desporto, isso não significa que tenha mais idiotas nas suas fileiras, mas uma diferente visão sobre propriedade, organização do Estado de direito e autoridade, talvez desfizesse o potencial equívoco.
Um comentário que parou no AAdF trouxe-me à memória o recruta Zero. Numa altura em que a maioria se deliciava com a Mafalda eu descobria o militar mandrião. Nunca fui grande fã da Mafalda, admito, e talvez por isso tenha até alguma dificuldade em lidar com miúdas pequenas armadas em graúdas, perspinetas e mimadas. Logo, para quem, como eu, quiser matar saudades destas tiras alternativas à miúda irritante aqui fica um bom blogue.
O mundo gira quer nos apercebamos ou não. Mas só na tentativa inútil de pararmos o tempo ou no desespero enervante de o acelerar quando ele parece parar, é que damos conta que o planeta vai rodando e que as pessoas vão vivendo. E se as pessoas passam por nós à mesma velocidade de todos os dias, então, de nada serve parar nos melhores momentos ou rasgar pelos piores, pois no fim todos os segundos serão iguais e todos terão o mesmo peso.
Luís Filipe Menezes conquistou o partido aos barões. A receita para o sucesso nestes casos já Maquiavel a deu há uns séculos valentes: para se manter, LFM terá de acabar com a antiga estirpe a quem roubou o partido e não modificar nem as leis (pensemos no programa), nem os impostos (pensemos no uso da força junto da estrutura). Assim sendo, a missiva de vitória sobre união, fica-lhe bem, é verdade, mas em nada defende o seu futuro. Primeiro porque dificilmente reatará laços, sobretudo com os mais ressentidos, segundo porque a qualquer momento o espera uma emboscada que lhe servirão fria. Luís Filipe Menezes terá que cuidar e proteger os fracos, também dizia Maquiavel. Terá que se salvaguardar fora das elites e puxá-los para cima sem lhes dar poder em demasia, pois também eles, que agora lhe deram o poder, serão os primeiros, como agentes mais fracos que são, a vacilar para o outro lado ao mínimo sinal de descontentamento, sobretudo se alimentados por uma inveja ou expectativas goradas. Pelo que tenho lido do Abrupto parece-me que JPP teme que LFM seja "profissional" ou "sindicalista" o suficiente para o fazer. Não sei, não conheço e o meu partido é outro!
Mais um fim de semana, mais uma deslocação. Desta feita uma ida a Penafiel para mais uma edição das Universidades da Juventude Popular. Irei sobretudo para ouvir os vários intervenientes dos vários painéis, que são, como se pode ver no programa atrás linkado, bem mais experientes sobre estes temas do que eu. No entanto cabe-me a difícil tarefa de falar sobre o papel do Estado nas sociedades. Numa postura mais liberal, mais solta de intervencionismos, irei apresentar as minhas ideias e o modelo que julgo ser não tão conducente à servidão que Hayek nos fala. Veremos se estarei à altura e que discussão se irá gerar. Até domingo.
Fui convidado para estar ontem presente no 25º aniversário da ESU (European Students' Union), ex-ESIB. Já desligado do meio associativo, dei por mim a pensar se hoje em dia teria paciência para ainda mastigar alguns dos mesmos chavões. É pena que dentro de novos temas, novas ideias, novas necessidades e novos projectos continuem a aparecer registos antigos. Mas enfim, isso também faz parte. Eu é que provavelmente já não teria a mesma paciência. Ainda assim, o simples facto de uma organização europeia como esta, que representa estudantes de 36 países, não ter fronteiras ideológicas faz com que qualquer encontro seja muito mais curioso e a vontade de estar presente muito maior.
Luís Filipe Menezes conquistou o partido aos barões. A receita para o sucesso nestes casos já Maquiavel a deu há uns séculos valentes: para se manter, LFM terá de acabar com a antiga estirpe a quem roubou o partido e não modificar nem as leis (pensemos no programa), nem os impostos (pensemos no uso da força junto da estrutura). Assim sendo, a missiva de vitória sobre união, fica-lhe bem, é verdade, mas em nada defende o seu futuro. Primeiro porque dificilmente reatará laços, sobretudo com os mais ressentidos, segundo porque a qualquer momento o espera uma emboscada que lhe servirão fria. Luís Filipe Menezes terá que cuidar e proteger os fracos, também dizia Maquiavel. Terá que se salvaguardar fora das elites e puxá-los para cima sem lhes dar poder em demasia, pois também eles, que agora lhe deram o poder, serão os primeiros, como agentes mais fracos que são, a vacilar para o outro lado ao mínimo sinal de descontentamento, sobretudo se alimentados por uma inveja ou expectativas goradas.
