Axónios Gastos - fibras condutoras ou prolongamentos de neurónios que se encontram já consumidos.
domingo, setembro 30, 2007
Calha a todos
O problema da política é mesmo funcionar por ciclos, o que a torna extremamente previsível. Com sorte, um blog que se aguente uns...vá, dez anos, consegue ser mordaz, propositado e actual com os posts que já fez uns anos antes sobre o assunto. Vem isto a propósito do que aconteceu no PSD. Durante esta espécie de purga, que provavelmente ainda não terá acabado, pois o baronato ficou bastante ofendido, a maioria dizia que o PSD tinha chegado ao fim, que era a sua morte, uma vergonha, o precipício anunciado com a retirada de Barroso. Se bem estou recordado, o ponto era o mesmo, mas para outros actores, há uns meses atrás, no processo eleitoral do CDS.
É então uma espécie de pit-stop a que todos têm de ir. Segue-se o PS, uma vez que o Bloco e o PCP, por razões diferentes, é certo, não estão nesta corrida. E estou certo que também nessa altura se anunciará a morte do Partido Socialista.
Eu por aqui prefiro não bater nessa tecla, pois não acredito em suicídios colectivos na política. Arriscaria dizer que em lado nenhum...
|| JMC - João Maria Condeixa, 03:26
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sábado, setembro 29, 2007
Contorcionismo pelas alas
Sempre achei que Mendes iria perder esta batalha. E sempre o disse achando que isso era pior para o CDS. Menezes não terá a qualidade de Paulo Portas, é certo. Não tem sequer a exposição mediática do presidente do CDS-PP e o facto de não estar na Assembleia da República em nada o ajuda a contrariar essa desvantagem. Mas Menezes, sem que eu consiga explicar a razão, tem uma maior proximidade das pessoas. Não julgo que isso se prenda com uma costela ou outra populista, mas vejo que a empatia junto do povo é de assinalar e será um ponto a favor do autarca de Gaia.
Mas para além disso, e muito embora seja difícil de estimar, pois não consegui ouvir ideias nem de Mendes, nem de Menezes, parece-me que o vencedor desta noite irá colocar o PSD numa postura que pode ferir em certos aspectos o CDS: antevejo uma postura económica, sempre que possível, mais assistencialista, mais socialista, mais de esquerda, chegando nalguns casos à demagogia, o que logicamente o distancia do CDS e o aproxima do PS. No entanto, nos costumes arriscaria a dizer que Menezes irá tentar capitalizar mais à direita, com uma postura mais conservadora, obrigando a que a coluna vertebral do PSD, com estes dois pressupostos, fique numa espécie de "S". E muito embora esta disfunção na coluna se registe, é talvez a solução para o PSD capitalizar votos. Primeiro porque a maioria das pessoas, infelizmente, não entende o liberalismo económico e foge do capitalismo como do diabo; Em segundo lugar porque nos costumes à esquerda, tendencialmente, quem capitaliza com maior facilidade é o PS, pelo que cabe ao PSD ir buscar votos ao outro lado.
Mas no fundo não é nada que o PSD nunca tenha tentado fazer desde sempre, ainda assim aceito que possa estar enganado. Mas não custará nada ao CDS ficar atento.
|| JMC - João Maria Condeixa, 01:44
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sexta-feira, setembro 28, 2007
A blogosfera não é representativa
A nossa blogosfera porta-se bem. Tem espírito crítico, tem massa cinzenta suficiente para dar alguma cor aos dias que correm e normalmente consegue focar com alguma isenção os assuntos prioritários. Daí que a maioria tenha ficado do lado de Santana Lopes naquela revolta contra o futebol (eu diria antes pseudo-revolta, mas é melhor agora não entrarmos por aí). Mas se na blogosfera a maioria ficou com Santana, fora do mundo virtual a maioria ficou agradecida por o terem interrompido para mostrar a chegada de Mourinho. É esta mais uma prova do desfasamento entre a sociedade blogosférica e a sociedade que o não é.
Lá fora preferem ouvir Mourinho, mesmo que este não diga nada, a ouvirem Santana; preferem futebol à política; não se metem, nem percebem porque se mete esta gente dos blogues, numa longa discussão conservadorismo vs liberalismo; não querem saber do futuro da direita nem da esquerda; se Sócrates é verdadeiro ou charlatão, se presta um bom serviço, ou não; Não querem pensar no estado do Estado, nem no estado das coisas.
Enfim, o fosso é enorme e Santana e os Bloggers acabaram de o provar.
|| JMC - João Maria Condeixa, 14:12
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quarta-feira, setembro 26, 2007
Kit kat
|| JMC - João Maria Condeixa, 12:05
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terça-feira, setembro 25, 2007
Sherlock Holmes
|| JMC - João Maria Condeixa, 21:17
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Olho vivo
Menezes já ganhou e utilizou como armas o óbvio. Apelidou Mendes de pequeno tirano e acusou-o de não ter estatura política!
|| JMC - João Maria Condeixa, 20:19
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Modus Tollens
O governo teme que a propagação do vírus da SIDA aumente nos estabelecimentos prisionais e por isso julga importante existir um programa de troca de seringas. O governo também teme que aumente o consumo de estupefacientes dentro e fora de estabelecimentos prisionais e por isso mesmo se desdobra, mais em reuniões do que em acções, é certo, mas não deixa de ficar patente alguma preocupação no sentido do combate ao consumo.
Se acabar com o consumo fora dos estabelecimentos prisionais se mostra assim tão difícil, já lá dentro, a tarefa, aparentemente, mostra-se bastante facilitada. Então acabando com o consumo por completo teríamos o problema da propagação do vírus da SIDA resolvido, certo?
O problema está na criação de uma mentalidade que prima em ver um problema que existe, como uma realidade a aceitar. Existindo um problema que tem na sua raiz a solução, haverá sempre quem prefira cortar com as suas consequências e não com o problema. É a mentalidade socialista de quem quer que aparentemente tudo esteja bem, mesmo que por dentro tudo vá ruindo.
|| JMC - João Maria Condeixa, 15:49
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segunda-feira, setembro 24, 2007
Um verdadeiro frente a frente
Muito sinceramente começo cada vez mais a achar que Vital Moreira é a pessoa indicada para um debate sobre aquilo que devem ser as funções do Estado. Seria optimização de recursos: de um lado Vital Moreira, o liberal, do outro Vital Moreira, o socialista e paternalista. Pobre moderador.
|| JMC - João Maria Condeixa, 22:34
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Ordem nas Ordens IV
|| JMC - João Maria Condeixa, 21:54
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Dietas
A maioria dos nutricionistas, mais do que aconselhar o paciente a diminuir drasticamente a quantidade a ingerir, opta por definir criteriosamente a qualidade da alimentação. Isto porque parte do pressuposto que a primeira regra já é do senso comum e que talvez por isso, seja, por si só, insuficiente e até difícil de aplicar com intransigência. Assim, prefere estipular rigorosamente os nutrientes a que o paciente deve recorrer. E como é óbvio não permitir que os consuma também em demasia. Só assim a dieta é a sério, como diz e bem o
Carlos Pinto n ' O Insurgente:
|| JMC - João Maria Condeixa, 14:56
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Finito
O
Tugir teve o seu fim. Lamentavelmente por conflito entre os seus autores, tanto quanto me foi dado a perceber. A Europa e as relações internacionais estavam na ordem do dia e o
Tugir ocupava sem dúvida um nicho próprio no mundo dos blogues. Mas, por nesse mundo viver, é que pereceu, vítima de um dos seus piores males. A sorte, é que no mundo dos blogues o verbo ressuscitar não é visto com desconfiança!
|| JMC - João Maria Condeixa, 12:49
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sexta-feira, setembro 21, 2007
Aquilino Ribeiro
A favor de Aquilino tenho muito pouco. Devo ser dos muitos que nunca o leu. Arriscaria a dizer que sou um dos 9,5 milhões de portugueses. Não que nunca tal me tenha sido recomendado, mas admito que a minha simpatia por romancistas do princípio do século em Portugal nunca me inspirou a consumir as suas linhas. Talvez esteja errado, admito. Talvez até me surpreenda quando um dia lhe pegar.
Mas de Aquilino conheço as razões apontadas por aqueles que o querem fora do panteão. Conheço-as, e repudio-as, mas quem escolhe é a AR na unanimidade dos seus deputados. E segundo aquilo que foi o resultado, parece-me a mim que, não tendo sido directamente Aquilino o responsável pelo regicídio, a AR ignorou as conspirações em que Aquilino possa ter participado (eu realmente desconheço o grau) e limitou-se a valorizar a obra literária. Logo, a pergunta que se deveria colocar é igual à que se deveria ter colocado no início: é a sua excelência literária capaz de se sobrepor a partes do seu percurso? Toda a AR assim parece pensar. Eu não tendo lido, não sei!
Mas digo mais, o verdadeiro panteão para mim encontra-se no Mosteiro dos Jerónimos com Luis de Camões e Vasco da Gama. O outro já é muito comercial!
|| JMC - João Maria Condeixa, 15:36
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quinta-feira, setembro 20, 2007
Governo sombra precisa-se
|| JMC - João Maria Condeixa, 15:15
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quarta-feira, setembro 19, 2007
Quando o ASAE bate à porta
Depois do combate aos cds piratas, às farturas do chô António, às bolas de Berlim da ti Maria e da limpeza aos gatos dos restaurantes Tang-yang, um novo combate se aproxima:
a ASAE anuncia plano de resposta para fazer face ao bioterrorismo. Muito mais descansado. Agora sim! O Bin Laden que tenha cuidado que um dia destes ainda é a ASAE que o apanha por não ter pedido factura à saída do Gambrinus!
Mas no fim da notícia é que está a cereja. O Ministro da Economia, ministério já de si muitíssimo pertinente e muitíssimo enquadrado na área, vem dizer que «nunca como agora foi dada tanta importância à política de defesa dos consumidores».
Eu pergunto: com a actuação da ASAE, sente-se o consumidor defendido ou roubado?
|| JMC - João Maria Condeixa, 22:04
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terça-feira, setembro 18, 2007
Donna Maria
Há já algum tempo que lhes devia este post. O projecto
"Donna Maria" é provavelmente dos melhores conceitos que tenho visto surgir em Portugal. Inovação e qualidade aliada à nossa tradição. Chama-se a isto dar o salto para o século XXI sem deixar nada para atrás! Estão
aqui e
aqui.
|| JMC - João Maria Condeixa, 23:59
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Servem de mantas....electrónicas
|| JMC - João Maria Condeixa, 20:50
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Um spin-doctor não morre
Das duas uma: ou os McCann são inocentes e o agora assessor de imprensa, ex-assessor do Primeiro-Ministro Britânico, tem ambições políticas passíveis de concretizar com facilidade ou os McCann são culpados e o governo Britânico mesmo descosendo-se de Mitchell, nunca se conseguirá livrar da acusação de pressão e interferência sobre a investigação, o que a nível diplomático não vai ser fácil de lidar. Either way, para Mitchell o prejuízo nunca será muito grande. No limite passará por coitadinho que também foi enganado juntamente com biliões de pessoas.
|| JMC - João Maria Condeixa, 20:40
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Último post da noite
|| JMC - João Maria Condeixa, 01:17
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Ordem nas Ordens III
O corporativismo é um dos grandes problemas portugueses. Bem sei que alguns dirão que também resolvem alguns males, mas para mim não será mais que um patético proteccionismo sobre o interesse específico. E Mariano Gago veio dar um excelente exemplo disso, muito embora pela negativa!
Perante a hipótese lançada de uma Ordem dos Cientistas nasce esta resposta:
«Será um absurdo a redução da actividade científica a uma única norma», considerou Mariano Gago, sublinhando que «a comunidade científica é extraordinariamente diversificada»Bem pensado, bem dito. Não podia concordar mais! Que pena que seja só com a perspectiva redutora de proteger a sua dama ao ponto de não perceber que nas outras áreas o mesmo se passa. Pena que não queira abolir de imediato as ordens profissionais. Pena que a exaltação seja só sobre os seus calos pisados e que a visão, ou falta dela, não lhe permita ir mais longe e compreender o abuso de poder das ordens sobre as profissões, sobre as pessoas, sobre as instituições de ensino e até sobre ele próprio!
Para o Ministro da Ciência, às políticas científicas cabe apenas «definir as condições de fronteira e o funcionamento das instituições científicas». Só um reparo: não devia ser assim para todas as profissões?
Pense nas suas palavras, que serão sem dúvida uma porta entreaberta para o futuro, e inicie finalmente uma verdadeira reforma no ensino e particularmente nas mentalidades, Sr. Ministro! Eu tirava o chapéu ao PS!
|| JMC - João Maria Condeixa, 00:39
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segunda-feira, setembro 17, 2007
A insegurança de Sócrates
O país mudou bastante nessa área. Não se fala de pick-pocket como há uns anos atrás, mas sim, cada vez com maior frequência, de crimes de sangue. Sejamos francos, o país tem uma ponta de criminalidade, que não sendo assustadora, obviamente exige uma atenção à segurança.
Só José Sócrates, provavelmente por se considerar inseguro no seu enquadramento político-partidário, é que não quer ver este novo cenário e prefere desviar para outros. É preferível encontrar estrategicamente uma área que possa utilizar para se distanciar da direita que tantos o acusam de andar a copiar, do que pôr mãos à obra no assunto.
Se Freud tivesse um blogue estou certo que teria uma explicação para esta saída quase a tocar o complexo de Édipo. Sim, porque esta tirada de Sócrates é notoriamente de alguém que ainda apaixonado pelo seio materno, tenta contrariar o seu impulso e cortar relações com o pai.
|| JMC - João Maria Condeixa, 10:33
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As vinhas da UE
É bom que o sector vinícola se especialize, adquire incessantemente mais qualidade, aposte em novas estratégias, em novos mercados, tenha uma postura mais agressiva e comece já a pensar em novas técnicas para o futuro. É bom que sim, porque aquilo que tenho visto, nos últimos tempos, para variar a reboque dos ditames da UE e a abrandar a boa evolução tida até agora por terras lusas, tem sido mais e mais vinha, nos mesmos moldes, com menor competitividade, menor capacidade de escoamento, menor profissionalismo, etc, etc. É óbvio que aqui não firo produtores de renome, nem excepções que embora novas têm fugido à dita regra, mas precisamente por eles, também é importante que o caminho alcançado até agora não se perca apenas porque a PAC ditou ou assim tornou mais apetecível no momento.
|| JMC - João Maria Condeixa, 00:49
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No other issues?
Não deixa de ser mau sinal que a blogosfera de um país se detenha tanto tempo e escreva tantas linhas sobre a atitude de um treinador e a motivação da selecção de rugby ao cantar o hino. Pelo menos sobra-nos a diversidade que por cá anda, como mais valia, pois sobre estes dois assuntos falta de pontos de vista é que não há e argumentos prós e contras também não.
|| JMC - João Maria Condeixa, 00:06
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domingo, setembro 16, 2007
Propostas propositadas
|| JMC - João Maria Condeixa, 22:17
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quinta-feira, setembro 13, 2007
"O Homem é um animal político"*
Queixas de que os políticos são todos iguais, de que são todos igualmente medíocres, já todos ouvimos.É com toda a certeza um dos "lugares comuns" mais ouvidos por essas ruas fora. E é de tal maneira assim, que os "candidatos independentes", mesmo que horas antes tenham sido os responsáveis por mais uma mancha na classe política, são tidos como salvadores do momento e salvadores do sufrágio. Há uma espécie de alergia ao termo "político" que não é associada, aliás, chega a ser perfeitamente dissociável, daquela que é em concreto a personagem política. Como se com a mudança de pele, a cobra mudasse.
E assim o povo vai reclamando, mas e assim vai votando. Reclama melhores políticos mas vota naqueles que originam, em muitos casos, essa reclamação. E assim é normal que angústia permaneça.
Nem tão pouco irá mudar, enquanto a própria actividade política não for mais atraente. Enquanto a dedicação for vista e achada como carreirismo, a juventude partidária for vista e achada como escola de máfia, a liderança como manipulação, a convicção como seguidismo e as ideias forem vistas e achadas como oportunismo, nunca a política será atraente a ninguém.
* Aristóteles
|| JMC - João Maria Condeixa, 22:29
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Em perfeita sintonia
Este país tem destas coisas, tem destes casos de exímia pontaria: na semana em que o governo comete uma injustiça diplomática sob o pretexto de preservar as frágeis relações Luso-Chinesas, vem a futura responsável pela recuperação da baixa-chiado tentar segregar os habitantes de olhos em bico que por cá andam, com o objectivo de devolver a baixa aos Lisboetas.
|| JMC - João Maria Condeixa, 22:11
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Problemas no transmissor de Fornos de Algodres
Pedimos desculpa pela interrupção, o programa segue dentro de momentos!
|| JMC - João Maria Condeixa, 14:33
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quarta-feira, setembro 05, 2007
Sedutoras semelhanças
Relembro, com alguma saudade, admito, os tempos nervosos de um jogo de sedução. São tempos em que a argúcia é explorada, em que a estratégia deverá ser bem planeada e os argumentos, no espaço e no tempo, deverão ser bem utilizados.
Uma das melhores características para se jogar esse jogo passa por uma boa capacidade de encaixe: ter a elasticidade necessária para receber as más notícias ou os maus indícios sem que se quebre o vaso do optimismo e da esperança.
A outra das ciências que se deve desenvolver para sobreviver ao jogo da sedução e dele sair vencedor, é difícil de manusear, pois deverá ser utilizada na exacta medida: a paciência. De Job ou quanto baste, certo é que, dependendo da circunstância, tem sempre uma respectiva proporção a utilizar.
O que não deixa de ser impressionante é a semelhança entre o jogo da sedução e o mercado de trabalho!
|| JMC - João Maria Condeixa, 13:34
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terça-feira, setembro 04, 2007
Inside in Inside out
Nada como ir buscar boas novidades ao irmão mais novo. Não pode ser só dar, sem nada receber em troca. E assim se chega a uma boa amostra de indie rock.
|| JMC - João Maria Condeixa, 17:54
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Regresso às aulas - visão crítica
O panorama do ensino em Portugal é conhecido. A visão que temos dele não é aprazível, carece de mudança profunda e definitiva e as soluções não passam pelo centralismo do Estado que o criou. A liberdade de escolha é reduzida ou inexistente. O Ministério da Educação com os seus tentáculos chega a ser asfixiante. Não nos é dada a hipótese de escolhermos a escola, os currículos, os programas, o tipo de instalações ou a formação. Tudo porque o modelo de gestão é uniformizado ao expoente máximo e a decisão central tudo formata e determina.
Daqui advém a composição de um monstro financeiro, um super Ministério, que não só é um pesado sorvedouro orçamental, como também um enorme potenciador da burocracia que todos os anos traz até nós problemas de vários tipos que, infelizmente, tão bem conhecem os alunos e professores deste país.
E é neste cenário que Portugal caminha. Um cenário onde a taxa de desistência no ensino secundário é muito superior à média Europeia. Onde a desistência com idades compreendidas entre os 20 e os 24 é mais de 50%. Onde a pertinência e utilidade de continuar os estudos é diariamente questionada. Um cenário onde a assimetria entre frequência do ensino público e do particular é assustadoramente grande. Um cenário onde a avaliação é feita sem existirem critérios qualitativos e onde o doente é o próprio a auscultar-se.
Comparativamente aos outros países da União Europeia teimamos em centralizar todo o sistema de ensino. Não descentralizamos sequer para as autarquias. Nem uma pequena parte, como por exemplo, a gestão e organização de espaços. Nada. Tudo serve para engordar o super ME, aumentar a burocracia, diminuir a liberdade de escolha, bem como o leque da oferta e manter o modelo perfeitamente uniforme, quase à luz do Estado-Novo.
É necessário, então, aumentar o grau de autonomia das escolas. Fazer com que essa autonomia funcione. Um grau de autonomia onde a escola possa escolher os seus professores, o seu programa, o currículo, o tipo de gestão e a responsabilidade dessas decisões seja assumida publicamente. Um grau de autonomia que permita, após franca divulgação, ao encarregado de educação, ciente das diferenças entre estabelecimentos de ensino, escolher aquele que julga mais adequado à educação do seu filho. Um grau de autonomia que finde de vez com a instabilidade no ensino, que finde com reformas e contra-reformas, com a avaliação inconsequente e com os eternos problemas dos manuais escolares, dos exames incorrectos ou colocações atrapalhadas.
E este cenário não tem custos acrescidos, nem dificuldades de outro tipo. Basta que existam programas mínimos ditados pelo ME, cabendo toda a restante responsabilidade às escolas. Basta que o Ministério da Educação, auxiliado por uma comissão de monitorização das escolas e uma avaliação funcional e consequente, aja como mero árbitro.
É um novo modelo, é um novo sistema. Mas só com ele terminaremos com as constantes alterações de gestão, com a constante instabilidade. Só com ele existirão projectos educativos verdadeiramente alternativos. Só com ele existirá um serviço público de educação.
*post resultante da excelente intervenção do deputado Diogo Feio na rentrée do CDS-PP
|| JMC - João Maria Condeixa, 14:35
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sábado, setembro 01, 2007
Um futuro longínquo. Geograficamente, espera-se...
O futuro ficou por mais uns dias no lugar dele: no futuro! Ficou pendente à espera da aprovação da "administração divina". Mas não faz mal, o futuro, que demorou uns anos a desenhar-se, poderá esperar mais uns dias para afinar contornos. Até ao final nada como ir engordando a expectativa! O futuro passa por aqui: 50.30N 30.28E
|| JMC - João Maria Condeixa, 00:45
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